sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Conto Para A Minha Morte. Parte 1

A nossa pior loucura, é acreditar em nossas próprias mentiras. O nosso maior erro é acreditar que ainda dominamos enquanto somos dominados. A minha maior fraqueza e o meu maior erro foi enganar a mim mesmo... Em minha existência desci ao fundo do poço... Conheci o inferno de perto... Flertei com a minha loucura e com o meu demônio pessoal... Nasci franzino para um bebê de parto normal. Na verdade o meu nascimento foi um milagre de Deus. Nascer foi o meu primeiro desafio. Minha mãe passara praticamente a gravidez inteira em um hospital internada. Parecia um bebê prematuro, embora tenha nascido de parto normal. Tão pequenino e tão franzino, porém muito amado por minha familia. No entanto a minha fraqueza não se limitou ali, na minha parte física. Descobri que a minha fraqueza influenciaria em outros campos de minha vida, apesar de ainda ser jovem.
   Com pouco mais de dois anos tive que enfrentar o meu segundo desafio. Brincava com uma bola de futebol na rua. Desde pequeno sempre fui muito ligado a bola e compensava meu corpo franzino com a agilidade. Estava correndo atrás de uma bola na rua, e sem me dar conta entrei embaixo de um caminhão carregado de refrigerante. O veículo fazia a manobra em marcha ré e o pneu traseiro bateu em minha perna esquerda e caí dentro de uma valeta. Senti a dor de meu osso se quebrando. Comecei a chorar e gritar desesperadamente. Quando as pessoas e o motorista me socorreram a minha perna estava mole e dividida em três lugares. Estava de férias na casa de minha avó, meu irmão mais velho, que aquela época tinha 10 anos estava so sofá quando as pessoas me trouxeram no colo. " Tá doendo minha perninha" Gritava desesperadamente. Minha avó me pegou no colo e no desespero, segurou-me pela cintura e me pôs de pé em cima do sofá, e o resultado foi que os ossos encavalaram um no outro. A parte de baixo subiu sobre a de cima... Berrei mais ainda e a esta altura meu irmão chorava desesperadamente também, solidarizando-se com a minha dor. O motorista do caminhão, meu irmão e eu fomos para o hospital. O motorista nos deixou lá e se foi...

Um comentário:

  1. Nossa!
    Esse foi forte, acho que já ouvi um pouco disso...
    Amigo vc escreve muito bem, parabéns de coração!

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