domingo, 30 de outubro de 2011

Encontro De Autores/ Dia Nacional Do Livro

   Ontem foi realizado o XVII encontro de escritores do litoral norte. O evento aconteceu na secretaria de cultura de São Sebastião. Foi um encontro maravilhoso, onde cada autor falou de sua obra, uma oportunidade de conhecer pessoas e trocar informações. Quero agradecer a Maria Angélica de Moura Miranda organizadora do evento desde a sua primeira edição. Uma mulher que é uma militante da arte, da literatura, uma mulher que faz com amor o seu trabalho, que da oportunidades a todos os autores para falar de sua criação com tanta generosidade, respeito, carinho. Me senti muito honrado pelo convite e muito grato a Maria Angélica, que faz um trabalho lindo e grandioso, ao integrar, mostrar e preservar toda esta riqueza que o litoral norte possui. Autores fantásticos que temos, uma riqueza cultural imensa e que enquanto existirem pessoas como Maria Angélica, podemos ter a certeza de que a arte terá uma grande mãe, e como toda grande mãe quer que os filhos deixem a sua marca no mundo.
   O evento não poderia ter sido em uma data melhor. Pois ontem foi o dia nacional do livro, querido leitor. Esta ferramenta de conhecimento, de entretenimento, de lazer tão importante em uma sociedade. Eu como autor e também um grande leitor não posso deixar de registrar aqui a paixão que sempre senti pelos livros desde a minha mais tenra idade. O livro pode ser transportado a qualquer lugar, não quebra, não incomoda o vizinho ( som alto), e o que é mais importante te leva aonde nenhum outro meio pode te levar. Ao encontro consigo mesmo, aos recônditos de sua alma. A fantasia de uma criança, o olhar de criança em um coração adulto. A magia produzida pelo universo mágico da palavra escrita, é um mistério que somente o coração compreende. Esta magia é tão necessária em uma sociedade, e vital para o desenvolvimento de uma nação. Um revolucionário disse uma vez que: " Um país que não sabe ler e escrever é um país fácil de ser dominado" Che Guevara.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O diário De Katarina: Histórias Secretas De Uma Mulher Intensa. Parte 10

   Estava acostumada com a minha "vida de casada", apesar das nossas desavenças quando o relacionamento estava acabando fui muito feliz com ele. Sim e agora sozinha sentia tanta falta dele. Ah quantas vezes me perguntei : Onde estará o meu amor?  O que estará ele fazendo agora? Com quem deve estar agora? será que estaria se divertindo com uma tola feito eu? Mas a vida precisa continuar não é querido leitor? E Roman fazia parte do meu recente passado. O problema era que eu não aceitava que meu castelo ruíra desta maneira. Todavia o meu castelo era tão frágil quanto um castelo de areia e fora construído às margens das águas do oceano que na primeira tormenta destruiu-o completamente. Para piorar a minha situação o meu salário não era suficiente para garantir a minha subsistência dignamente. O aluguel onde morava não era nem um pouco barato, estava economizando o máximo para conseguir pagá-lo. Na verdade estava cortando na própria carne. Precisava urgente dar um jeito de morar em um lugar que fosse menos oneroso para mim. Entretanto não queria mudar de endereço, gostava de morar ali. Afinal não acostumamos com o que é ruim, mas com o que é bom nos acostumamos logo, e morar naquele endereço era muito bom. Além do mais vaidosa como era, gostava de estar sempre bem arrumada para o meu amor, e isto como tudo na vida também tinha um custo. Todo mês tinha as minhas prestações para pagar o preço da minha vaidade.
   No entanto quando " o sapato aperta" a necessidade mínima de sobrevivência fala mais alto. E as demais contas a pagar que espere, algo do tipo "devo não nego, pago quando puder". Mas o meu estômago não pode esperar. Arrumei um emprego de fim de semana como garçonete, mas administrar dois empregos ao mesmo tempo não era uma tarefa das mais fáceis e ainda assim o dinheiro dava mal para as contas. A situação estava ficando insustentável, cheguei a pensar em jogar a toalha e pedir ajuda aos meus pais, mas o meu orgulho falou mais alto e logo abandonei esta ideia. Não demorou muito e o dono do imóvel me pediu a casa eu já estava com dois meses de aluguel atrasado. Vinha pagando mês sim, mês não. Mas os dois últimos meses não conseguira honrar. Pedi mais um prazo para procurar outro lugar, e ele estava cada vez mais furioso comigo. Fez ameaças e me deu um prazo de 24 horas para pagar ou ele me colocaria para fora. Chorei amargamente e amaldiçoei o amor que sentira por Roman, este sentimento fora a maior maldição de minha vida. Estava com ódio em meu coração, o amor e o ódio podem caminhar lado a lado, o fio que os separa é muito tênue.
   E foi movida por este ódio que agora fizera morada em meu coração que passado o prazo de 24 horas, que o proprietário do imóvel tinha me dado, tomei mais uma decisão radical em minha vida. Se o amor tinha se transformado em algo desonesto, eu também usaria esta desonestidade a meu favor. Tomei uma decisão muito difícil mas que mudaria a minha vida para sempre. Sabia que assim como o rio segue em direção ao mar, mesmo que desviem o seu curso, eu não poderia mais voltar a ser quem era após aquela decisão.




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não Confunda Cometer Erros Com Ser Um Erro

Na qualidade de ser humano, faz parte de minha natureza cometer erros. Entretanto tenho que fazer parte de uma evolução, e o erros devem servir de guia neste processo. Devo tanto aprender com meus erros, quanto meus acertos. Pois se permanecer no erro de nada terá valido a experiência vivida, e a minha existência terá sido em vão. Caminhando pelo deserto de minhas frustrações, culpando o destino que não fora nem um pouco generoso comigo. Todavia se só consigo aprender com meus acertos, não terei vivido plenamente e terei deixado uma lacuna sem completar nesta existência. Um espaço em branco que a vida cobrará de mim, mais cedo ou mais tarde. O mistério da existência consiste em descobrir "o sagrado" nos opostos. O equilíbrio das experiências boas e ruins convertidos em aprendizado. Às vezes a tristeza vem e o desanimo tentar dominar quando os tropeços aparecem ao longo da jornada. É humanamente compreensível mas, se olharmos cuidadosamente no labirinto escuro de nossa existência sempre haverá uma saída. Não podemos confundir cometer um erro, com ser um erro. Quero cometer muitos erros e transformá-los em aprendizado. Quero cometer acertos e ficar contente por isto. Mas jamais quero ser um erro, jamais viver de lamentações quando existimos para ser felizes. Ser um erro condena toda a existência, e a vida é muito especial para não ter valido a pena.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Sagrado Não Existe Mais

Não sei porque é tão difícil tomar esta decisão...
Remar contra a corrente, ou se deixar levar por ela.
Abrir meu coração como nunca imaginei
Dizer a doce pequena coisas que nunca pensei.

Sei que você espera mais de mim
Sei que talvez um dia fui assim
Mas hoje a história é diferente
Não habita o "sagrado" dentro do meu ser.

A paixão bateu asas
Como ave sem destino
O tempo é testemunha,
Deste imenso desatino.

E você vive a espera de um milagre
Amanhã vai acordar, e tudo
vai ficar bem.
Mentindo a sí mesmo querendo acreditar.

Conto Para A Minha Morte. Parte 4.

Como disse quando estava entrando em minha pré adolescência, comecei a sentir falta da presença paterna em minha vida. No dia dos pais, ou simplesmente quando via algum colega de escola chegando com seu pai. Nestes momentos ficava imaginando, como seria o meu pai. Seria ele tão carinhoso, quanto aos dos meus amigos de escola. Ou seria totalmente diferente do que imagina. Só o conhecia através das fotografias. Entretanto nunca questionei nada a respeito de meu pai a minha mãe, embora sentia uma imensa vontade de conhecê-lo. E este dia chegou, quando completei onze anos fui com minha mãe e meu irmão conhecê-lo. Foi um dos momentos mais marcantes de minha vida. Meu pai era uma pessoa muito alegre, e nos tratou muito bem. E fiquei muito contente, logo uma ideia começou a fazer morada em meu coração. Se meus pais voltassem a viver juntos novamente, como seria bom, teria os dois novamente juntos. Teria meu pai e minha mãe juntos e voltaríamos a ser uma família completa novamente. Essa ideia ganhou a força de um grande sonho pra mim. Mas infelizmente não foi possível, ambos estavam separados há muito tempo. Há dez anos, só mesmo um menino na tenra idade que tinha poderia sonhar com a reconciliação novamente, dadas as circunstâncias da época que eu pouco ou nada compreendia. Afinal para mim naquela época era complicado demais entender o "mundo dos adultos". Um mês após estava de volta em minha casa e a 2000 km longe de meu pai. Ele tinha me causado uma boa impressão a princípio, e eu queria manter contato com ele. Assim que cheguei a primeira coisa que fiz foi escrever uma carta para ele. Na qual dizia que tinha sido muito bom conhecê-lo e que o amava apesar de tudo. Foi a minha forma bem particular de tentar recuperar o tempo perdido. Afinal nestes dez anos que cresci longe dele, nunca recebi sequer uma ligação, um cartão postal, um feliz aniversário, mesmo ele sabendo onde morava. Ele sempre soube. Entretanto passou-se um mês e nada da resposta desta carta. E muitos outros seguiram, esta foi a maior decepção de minha adolescência. Hoje já sou adulto e nunca recebi a resposta daquela carta. A partir daquele momento, lembro como se fosse hoje, meu pai morrera para mim. Aos 11 anos eu prometi que nunca mais o chamaria de pai, e sim "aquele cara." E só então a medida que fui crescendo e comecei a indagar muitas coisas a minha mãe. Ela que em nenhum momento ao longo de todos esses anos fizera algum tipo de propaganda negativa a respeito dele. Tentou de todas as maneiras preservar o nosso amor por ele. Mas os fatos falavam por sí só. A verdade era que meu pai nos abandonou e minha mãe nos criou sozinha. Sua tentativa de preservar o amor entre pai e filho tinha sido em vão. A medida que fui me "entendendo por gente", tudo ficava claro em minha mente. E cheguei a conclusão de que meu pai não se separara só de minha mãe, mas dos seus filhos também. E para mim ele estava morto.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cultivei A Minha Vocação Com Cuidado E Paixão.


Dizem os sábios que o mundo pertence aqueles que tem coragem para correr em busca dos seus sonhos. Hoje é um dia para se lembrar de um homem, um inventor que desde criança tomara gosto por coisas mecânicas. Segundos suas palavras em uma entrevista anos mais tarde " Como todos que os possuem, ou pensam possuir uma vocação, eu cultivava a minha com cuidado e paixão". "Sempre brincava de imaginar e construir pequenos engenhos mecânicos, que me distraíam e me valiam grande consideração na família". E foi brincando de imaginar, usando esse imenso poder que temos, a imaginação. Que este homem foi construindo seus inventos como uma brincadeira de criança e a paixão pela sua vocação, a paixão pelo seu sonho que ele se tornou um grande inventor. Pois tudo aquilo que somos capazes de imaginar, somos capazes de realizar, quando colocamos o coração no que nos propusemos a fazer. Aquele menino franzino cresceu se tornou um jovem sedento pelo conhecimento e pelas suas invenções, mas ainda mantinha o gosto pela aventura entranhando em seu coração como nos tempos de criança, e com isso ele nunca deixara morrer a criança que habitava em seu coração. A.B.S revolucionou o mundo em sua época, tornou mundialmente conhecido pelos seus feitos. No dia 23 de outubro de 1906 ele voou na França com um avião impulsionado por um motor a gasolina pela primeira vez. Ficando esta data como o dia da Aviação e do Aviador. Suas invenções eram para facilitar a locomoção, a interação, a ajuda entre os seres humanos e não a destruição. Por esta razão o homem, o cidadão, que só queria proporcionar as pessoas a oportunidade de ver a terra dos céus, ver o mundo com os olhos da imaginação, ver o mundo com os olhos de uma criança não resistiu quando viu o seu invento ser utilizado para fins que jamais passaria por sua cabeça. Alberto Santos Dumont não foi capaz de ver o avião que inventara com tanto carinho ser utilizado na guerra com a finalidade de ceifar vidas. E por isso se suicidou. Neste dia é a minha homenagem a este grande sonhador brasileiro que sempre teve paixão pelos seus sonhos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Diário De Katarina: Histórias Secretas De Uma Mulher Intensa. Parte 9

As coisas já não caminhavam tão bem entre nós, aquela magia que existia no começo do relacionamento se acabara. Sobrara as discussões, as cobranças, as acusações. O meu conto de fadas estava se transformando em um pesadelo. Estavamos nos tornando estranhos um ao outro. Embora confesso que já não sentia com tamanha intensidade o mesmo sentimento por Romam, ainda  restava algo que ardia em meu peito. Naquela tarde de inverno ele entrou em casa com o olhar frio, e com uma decisão tomada que eu não demoraria a saber...
- Precisamos ter uma conversa séria e definitiva. - Cheguei estremecer, pois sabia que algo muito sério viria pela frente.
- Acho que foi um erro toda a nossa história. Acho que estou tentando ser quem eu não sou. E talvez você esteja tentando ser quem você não é. Nossos mundos são diferentes, embora não sei se é amor o que sinto por você, mas gosto muito de você. Acho que se continuarmos juntos acabaremos com o sentimento que seja lá o que for ainda existe entre nós. - Eu quase não tinha voz para falar quando ele se calou e chegou a minha vez:
- Eu amo você, ou seja lá o que for como você disse, mas é algo muito forte que sinto. Mas não sei se foi um erro, eu acreditei em um sentimento. Acreditei em um sentimento que não sei se é realmente amor, mas é algo tão forte que por ele mudei minha existência, mas em nenhum momento deixei de ser quem eu sou. E se nós não podemos mais conviver pacificamente, se não existe mais nenhum tipo de sentimento de sua parte que possa fazer com que superamos esta crise, acho que o fim realmente chegou... - Tinha segurado minhas lágrimas até ali, mas assim que pronunciei as últimas palavras não fui mas capaz de conter o rio que corria sobre a minha face. Ele se aproximou e me abraçou forte e disse:
- Sinto algo muito forte por você também, mas morar junto não dá. Acho que precisamos de um tempo. Eu preciso de um tempo, para refletir em tudo que aconteceu neste ano em que vivemos juntos. Vou me embora daqui, a empresa que trabalho, vai me transferir para uma de suas filiais, e irei sozinho. Sinto se não fui a pessoa que você esperava, mas prometo que não vou desampará-la. Se você quiser voltar para sua cidade, aqui está o dinheiro.
- Não precisa se sentir culpado, e tampouco quero seu dinheiro. Se vim até aqui, foi porque quis, porque acreditei no amor, porque lutei por minha felicidade. E sei me virar, quanto a isso não se preocupe. Tenho a minha dignidade. - Quando ele saiu por aquela porta me atirei no chão e desabei no choro. O fim é sempre doloroso, por mais que eu soubesse que mais cedo ou mais tarde pudesse acontecer. Agora estava sozinha em uma mega cidade, sem nenhum parente, ninguém em que pudesse desabafar. As únicas amizades que tinha era das minhas colegas de trabalho, mas não a ponto de desabafar os meus problemas. Embora nunca fui uma pessoa de desabar os meus problemas, naquele momento difícil de minha vida senti uma necessidade quase orgânica disto. E pela primeira vez realmente me senti só... A partir daquele momento não tinha mais ninguém para contar, seria sozinha no mundo e arcaria com as consequências, mas não voltaria para a casa dos meus pais e tampouco deixaria eles saberem que estava com dificuldades, caso isto acontecesse. Naquele momento estava só conjecturando. Mas no fundo de minha alma sabia que dali pra frente teria que ser uma guerreira, pois a minha sobrevivência dependeria apenas de mim mesmo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Resto É Frágil

Observava duas crianças brincando no quintal do vizinho da janela de minha casa. Elas estavam concentradas montando um quebra-cabeça, ao que me pareceu muito difícil. Elas estavam quase terminando, quando um vento muito forte espalhou todas as peças do quebra cabeça pelo quintal. Naquele momento pensei que as crianças fossem desabar no choro. Entretanto, elas se entreolharam, cairam na gargalhada, deram-se as mãos e começaram a catar as peças espelhadas. Depois de algum tempo elas tinham juntado todas as peças do quebra cabeças e ouvi um delas dizer:
- Vamos continuar lá dentro.
- Sim, vamos. - respondera a outra.
Depois que as crianças entraram aprendi uma grande lição. Compreendi que só quem possui amigos de verdade, será capaz de levantar-se apoiado pelas mãos que o socorre. Será capaz de seguir em frente após a tempestade, o resto é feito aquele frágil quebra cabeça.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cedo Demais

Um gesto, um sorriso, uma lágrima, um aperto de mão, um afago, um coração. O sopro de Deus o milagre chamado vida, mostra sua importância , revela nossos caminhos... Marido, mulher, filhos, netos... E a nossa paixão pela vida, o desejo de ser eterno ainda que em outro ser, ainda que em nossa descêndencia. Vivemos entre o desejo de viver e o medo de morrer, embora temos consciência que é o destino de todos, e a única certeza que temos... A morte existe para dizer que temos um prazo de validade, e a vida para dizer que podemos ser felizes mesmo num plano finito. E que após a passagem, só o que ficará neste plano são as ações de toda uma existência. Viver com dignidade e honra, coroa toda uma existência. Quando me lembro de você, sempre acho que foi cedo demais... Na juventude dos seus 80 anos, no sorriso de um jovem senhor, nos olhos cansados e alegres de uma bela e honrada existência. Em meu coração guardo a imagem de você sentado em sua cadeira de balanço, das piadas que contava, do avô que não tive a oportunidade de conhecer, porque a dama de ferro chamada morte o levou cedo demais... A dor da perda é grande, a saudade é dolorida demais, o peito sufoca e a garganta da um nó... Mas o conforto vem de Deus e dos amigos. Embora a dama de ferro tenha nos separado, você será imortal em minha memória, e sua vida não foi em vão, porque viveu com honestidade, dignidade, lealdade, paixão, alegria. Que papai do céu conforte a sua alma, nós perdemos um ser especial, mas Deus chamou-o para junto de sí. Embora sofremos muito com a perda, não podemos interferir nos desígnios de Deus.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quando A Angústia Vem, Rogo A Deus Que Me Fortaleça

Tratar com amor e carinho os seres humanos, é um dever de todos nós. Para mim é uma obrigação que está cada vez mais difícil no mundo em que vivemos hoje em dia. Mas como tratar com amor e carinho aqueles que amamos que corre nas veias o mesmo sangue e que estão se autodestruindo  nas drogas ou no álcool... Como é difícil ter paciência, amor e carinho ao mesmo tempo quando assistimos a autodestruição daqueles que amamos.  As difíceis decisões que temos que tomar, quando pesa sobre nossos ombros uma vida... Vida esta que é tua semente... Sim "o sangue sempre falará mais alto", humanamente é impossivel não levar em consideração os laços que nos unem. Sentir e entender como ninguém o problema do vizinho, agora convertido no seu drama pessoal. Somos capazes de se colocar no lugar do outro, sermos altruístas, mas a dor é algo que sente na própria carne quando o inevitável acontece. Quando a dor se faz presente e mergulhamos no seu íntimo, compreendemos que não somos nada diante da grandeza do universo. E apesar de sentirmos que o fim está próximo, há uma força superior que nos impulsiona a aliviar esta dor, a força divina, a força de um ser superior. Através de nossas orações vamos nos conectando e sentido que o Deus todo poderoso conforta nossos corações. Pois Deus só dá aquilo que merecemos, e que somos capazes de suportar e jamais te levará, aonde a sua graça não irá protegê-lo. Sempre ouvimos que enquanto há vida, existe esperança, mas só existirá esperança no coração daqueles que lutam para transformar sua existência, pois sempre acreditam na beleza do dia seguinte após a tempestade. Quando o desânimo vem, rogo a Deus que me fortaleça, pois se desistir agora estarei decretando a minha própria morte.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pernas Cruzadas

Acabo de ler uma notícia no mínimo intrigante. Um grupo de mulheres na cidade colombiana de Barbacoas decidiram fazer uma grave um tanto inusitada. Elas decidiram fazer greve de sexo, até que o governo tome providências para que a intransitável estrada que une o município a capital do estado fosse pavimentada tornando-a assim uma via transitável. Na reportagem segundo o comentário de uma juíza local o orçamento para a pavimentação da via já havia sido aprovado e desembolsado pelo governo em pelo menos cinco ocasiões prévias. A juíza ainda relata que foi testemunha da uma morte de uma jovem de 22 anos que estava em trabalho de parto, por causa das péssimas condições da rodovia. O fato é que a greve deu certo e após pouco mais de três meses a greve chegara ao fim. O governo já realizou uma cerimônia que marcou a data de início das obras, que contou com as presenças do prefeito ( será que a mulher dele também aderiu a greve?), governador e ministro dos transportes. Finalmente a cidade agora terá a sua via principal pavimentada, graças as suas heróicas mulheres, a população agradece e os maridos também. Já pensou se esssa moda pega aqui no Brasil? Diminuiria o número de crianças e muitas mulheres  e homens morreriam virgens. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Feliz Dia Das Crianças

Que toda criança possa ter o sorriso angelical estampado em seu rosto. Que possa brincar como um inocente cordeiro de Deus. Que possa ter um lar onde se sinta protegida e amada. Que possa construir seu castelo de sonhos. Que possam acreditar na fantasia tão saudavél para elas. Que não percam a fé no Papai Noel, no Coelhinho da Páscoa, nos contos infantis. É o mínimo que infelizmente nem todas têm. Não há nada mais encantador do que o sorriso de uma criança, que o brilho nos olhinhos, que a sua imaginação fértil possa causar no mundo dos adultos. As crianças são anjos que Deus coloca em nossos caminhos para encher de graça e alegria nossas vidas. Que nós adultos que um dia fomos crianças possamos tratar as nossas crianças como elas merecem. Com amor e carinho e principalmente deixando elas serem o que realmente são: Crianças. Hoje no dia dessas adoráveis criaturinhas que enchem nossas vidas de alegria. Quero desejar a todas um feliz dia das crianças e que vocês sejam lembradas e tratadas com afeto não apenas neste dia, mas sempre. A criança feliz é o adulto feliz de amanhã e que nós nunca percamos a criança que existe dentro de cada um de nós. 

Os Bons Morrem Jovens

Ontem fez quinze anos que um gênio do rock brasileiro, da música brasileira faleceu. Renato Russo foi o líder de uma geração. Transformou a década de 80 e até meados da década de 90 com canções que ainda continuam tão atuais em nossas vidas que parecem que foram compostas ontem. Renato era um homem a frente do seu tempo, inquieto e revolucionário, apaixonado e racional, polêmico e introvertido, cantou poeticamente a vida em suas canções, encheu de esperanças toda uma geração. Fez parte da minha adolescência, cresci ouvindo suas canções e o quanto me identificava com elas. O quanto elas me enchiam de esperanças e alimentavam meus sonhos. O quanto elas tocavam meu coração. E quando o fim se aproximava ele cantou a tristeza de uma forma tão poética que ainda assim era possível acreditar em dias melhores. Há quinze anos, na véspera do dia das crianças sua poderosa voz se calou. E perdemos um grande cantor, compositor, poeta para a aids. Mas sua mensagem é eterna em nossos corações, sua música ficará eternizada, o grande músico será sempre lembrado. Frases como " É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". " Nas favelas, no senado, sujeira pra todo lado. Niguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação". " Quando tudo está perdido sempre existe um caminho". "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, somos tão jovens" " É tão estranho os bons morrem jovens, é tão estranho os bons morrem antes". É só uma pequena demonstração da sua genialidade. Você faz falta Renato, a música ficou mais pobre após a sua partida, mas a sua obra é eterna.

Grande Guerreiro

Absalom era um homem que além de sábio era considerado um grande guerreiro. Embora nunca tenha se falado de suas lutas. Nunca ouviam falar das guerras que ele participara. Era um grande guerreiro que não tinha nenhuma glória atribuída a ele no campo de batalhas. E mesmo assim ganhara a alcunha de "Grande Guerreriro". Intrigado e sem compreender o discípulo pergunta a seu mestre:
- Mestre porque se fala tanto que Absalom é um Grande Guerreiro em nossa aldeia, sendo que nunca o vi lutar e tampouco ouvi falar de suas batalhas? O senhor não acha que um "Grande Gurreiro" tem que ser bom no campo de batalhas, vencer grandes guerras? Tem que ter a glória de Aquiles?
- Não meu querido discípulo, Aquiles sonhava com a glória era isto que aumejava, queria ser lembrado para sempre... Como um deus que vencera muitas batalhas com a sua habilidade em tirar vidas.
- E não é esta a função de um guerreiro mestre, proteger o seu povo e o preço é tirar vidas que possam destruir a paz daqueles que ama.
- Tirar vidas é sempre prejudicial, mesmo quando se protege aqueles que ama. Existem situações que são inevitáveis, mas não deve ser esta a meta de um verdadeiro guerreiro. Absalom venceu muitas batalhas sem usar as armas, seu poder vem de suas palavras. Seu nome significa " o pai da paz" e desde que chegou a nossa aldeia, ele trouxe a paz que tanto necessitávamos. Por isso é considerado um "Grande Guerreiro", pois o verdadeiro guerreiro é o que traz paz ao coração dos homens.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tempo De Ouvir

Quando me aproximei de Antônio naquela tarde ele estava com o olhar perdido em algum ponto imaginário. Assim que percebeu a minha presença e ao primeiro assunto que puxei ele começou a falar. Com o coração aberto, escutei ele que não parava de falar, e justificava seus conceitos. Prestei atenção a cada palavra que ele falava. Dando a devida atenção que ele necessitava naquele momento. Respeitando o ser humano que estava diante de mim. Ele estava atravessando um grande problema, sua cabeça estava confusa e não sabia que direção deveria tomar. Mas a cada palavra que emitia, ao desabafo que fazia aquele momento, o seu tom de voz ficava mais sereno. Os sentimentos confusos ganhavam serenidade, e ele se sentia melhor. E no final sentiu-se renovado para enfrentar as suas batalhas. Antes de ir embora ele me agradeceu pela ajuda que tinha lhe dado. Sem dizer uma única palavra consegui ajudar Antônio, pois dei-lhe a ajuda que ele necessitava naquele momento. Alguém que realmente o ouvisse. E na vida há sempre tempo para tudo. Inclusive tempo de ouvir.

sábado, 8 de outubro de 2011

Lindas Lágrimas

Hoje ao dar um abraço de despedidas na mãe de uma amiga, pude ver as lágrimas sinceras de um coração puro novamente. Pude sentir a energia de um abraço fraterno. Seus olhos marejados se despediam de mim, com tanto carinho que foi impossível conter a minha emoção. Aqueles olhos que o tempo não apagara o brilho, se despediam de mim como se fosse minha mãe. E eu me despedia dela como se fosse seu filho. Foi um momento único, onde mais uma vez posso dizer que apesar de ter uma mãe biológica e que adoro, sou grato a Deus por ter sido presenteado por mais uma. Desde que a conheci tenho por ela um carinho enorme e a quero bem como se fosse minha mãe. Hoje isto ficou mais do que claro quando nos abraçamos afetuosamente. Quando derramamos as nossas lindas lágrimas, da saudade que deixaremos um no outro. Quando desejamos reciprocamente que nossos caminhos sejam abençoados pelo Criador. E o quanto é bom falar e ouvir palavras que são ditas do coração.
  

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Diário De Katarina: Histórias Secretas De Uma Mulher Intensa. Parte 8

   A casa do Roman não era grande e nem pequena. Mas ideal para uma pessoa que morava só, como ele. E agora digo que era ideal para nós dois. Viver ao seu lado era uma caixinha de surpresaa aliás, a vida a dois é uma caixinha de surpresas. Apesar de amá-lo loucamente, com a convivência fui percebendo que o seu humor era instável. A empresa onde ele trabalhava era do outro lado da cidade, e ele constantemente reclamava do trânsito que a cada dia fazia ele e milhares de pessoas "perderem tempo". Quando ele chegava de mau humor, eu evitava até mesmo perguntar como tinha sido o dia dele.  Já o conhecia suficiente para saber que nestas horas ele não queria conversar. Ele não me tratava mal, mas percebia que ele não estava se sentindo bem com a minha presença ali. Perguntei a ele algumas vezes e ele nunca me admitira isto. E agia comigo como um companheiro de uma relação marital. Nos davamos bem na cama o que é importante para qualquer casal, embora não seja o principal, conta muito em qualquer relação. E dizia que me amava, mas a vida de casado não fazia parte dos seus planos naquele momento de sua vida. Eu caíra em sua vida de repente e estava mudando radicalmente, a sua vida. Pelo menos eu acreditava que sim.
   Depois do meu primeiro mês morando com ele comecei a trabalhar de vendedora em uma loja de calçados. Apesar das coisas não acontecerem como sonhei, estava indo dentro dos conformes e podia dizer que estava feliz. Sempre fui uma mulher muito carente, e sempre fui sozinha. Mesmo quando morava na casa dos meus pais, sou filha única, e nunca dividi nem mesmos as minhas mais simples dúvidas com minha mãe. Sonhadora, romântica sempre fui... Mas agora estava aprendendo com a vida, a ser menos sonhadora... Soa até irônico isso pra mim... Deixar de ser sonhadora  e encarar a vida pela ótica da realidade... Mas a realidade é dura, e sem o brilho dos sonhos, mas necessária em nossa existência...
  

Tempo De Chorar

Há alguns dias caminhava pelas areias da praia e escutava o barulho furioso das ondas... Como todo ser humano também passo pelos altos e baixos da vida... E quando passo por momentos de tribulações, sempre que posso procuro ficar um tempo só, meditando ou até mesmo sem pensar nada apenas observando tudo ao meu redor... Sempre acreditei ao longo de minha singela existência que para tudo há uma solução. E que por mais que as tribulações apareçam, elas não são duradouras, pelo menos este deve ser o pensamento de toda pessoa otimista. E como otimista convicto que sou, nunca deixei de ter esperanças em dias melhores. Mas o que foi novo para mim querido leitor foi que enquanto caminhava concentrado apenas no meu caminho... E ouvindo o barulho das ondas... De repente senti meu coração bater mais forte e irrompi em lágrimas...Sim querido leitor as lágrimas banhavam minha face...As mesmas lágrimas que podem significar alegria ou tristeza, euforia ou frustração... Lavavam minha alma... Chorei tudo que precisava naquele momento e depois foi como se tivesse tirado um peso de minhas costas... As inesperadas lágrimas tiveram seu motivo... Me senti aliviado após aquele choro e  renovado para enfrentar meu problema. Me senti mais forte ao contrário do muitas vezes ouvimos de que não podemos chorar pois isto demonstra fraqueza. Nunca me senti tão forte após aquele choro e compreendi que na vida também há um tempo de chorar...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Conto Para Minha Morte. Parte 3

   Um belo dia já não aguentava mais aquele gesso. As vezes mijava nele, pois nem sempre tinha alguém por perto para me levar ao banheiro. Minha mãe precisava trabalhar, e meu pai... Bem tinha me esquecido desta parte. Eles se separaram um ano antes, um ano após o meu nascimento meu pai se separou de minha mãe e foi embora. Fui criado pela minha mãe, meus irmãos. Em minha casa sempre que um irmão casava, o mais velho que ficava em casa assumia "meio que o papel de pai". Voltando ao gesso, ele já estava me incomodando e começando a apodrecer. Eu queria logo que tirassem aquilo de minha perna. E com dó de mim e atendendo as minhas súplicas, meu tio com a ajuda de um serrote tirou o gesso. O que para mim foi um alívio. Minha perna tinha sarado, graças a Deus, entretanto ficou uma sequela, ela ficara um pouco torta para dentro em relação a outra perna. Era visível, qualquer pessoa que olhasse para minhas pernas, perceberia que uma era torta em relação a outra. Mas nada que me impedisse de brincar correr, ser uma criança como qualquer outra.
   Os anos de minha infância foram realmente os anos dourados de minha vida. Era uma criança que adorava brincar, correr e falar coisas engraçadas para as pessoas rirem. Um dos meus tios disse-me anos mais tarde que uma vez eu disse que era "hospitalino" pois tinha nascido em um hospital. A primeira vez que fui à escola, achei tudo estranho e observava tudo. No começo a gente passa por aquele periodo de adaptação, depois você faz as suas primeiras amizades e logo passa a chamar a professora carinhosamente de "tia". Na hora do recreio é a hora da diversão, correr, inventar brincadeiras, e etc...
   Quando fui chegando a pré adolescência sempre no dia dos pais era inevitável não pensar no meu. As professoras nas escolas pediam para fazermos cartões para entregar aos nossos pais. Embora sentia falta do meu, nunca fui muito de ficar fazendo perguntas a minha mãe a respeito. Acho que a presença forte dos meus irmãos e tios e o amor incondicional de minha mãe supriram esta necessidade. Só comecei a sentir mais esta necessidade de conhecê-lo a partir dos nove anos.
  

domingo, 2 de outubro de 2011

O Diário De Katarina: Histórias Secretas De Uma Mulher Intensa. Parte 7

- Alô Roman meu amor... - Enfim consegui dizer alguma coisa.
- Quem está falando?
- Sou eu meu amor, não está reconhecendo a minha voz... Sou eu Katarina.
- AH.... Oi Katarina tudo bem?
- Está melhor agora falando com você meu lindo. E vai ficar melhor ainda... Adivinha?
- Vai ficar melhor!? Como assim não tô entendendo Katarina.
- Eu estou aqui, mais perto de você... Mais perto de você, do que você imagina.
- O quê? Como assim... Não vai me dizer que....
- Sim sim eu estou aqui na sua cidade acabei de chegar estou na rodoviária... - Fez-se um breve silêncio do outro lado da linha. - Roman você tá me ouvindo, vem me buscar meu amor, estou louca pra te ver logo.
- Você enlouqueceu! Daqui a pouco estou chegando aí.
Cerca de trinta minutos após ele apareceu, seu cabelos estavam maiores e a barba estava grande, porém bem aparada, e seus olhos continuavam encantadores, mas naquele momento já não tinha mais o mesmo brilho de quando nos conhecemos. Ele parou em minha frente e me encarou por um bom tempo, e balançou a cabeça negativamente. já não aguentava mais e corri para os seus braços. abraçei-o e ele deixou ser abraçado em seguida dei-lhe um rápido beijo. Ele me pediu para segui-lo, enquanto caminhavamos ele não disse uma palavra até chegarmos ao carro achei muito estranho esta reação dele, entretanto para mim o importante era estar ao seu lado.
- Você é maluca sabia. - Enfim ele disse alguma coisa.
- Você não está feliz em me ver? - fiz esta pergunta tão aflita com medo da resposta que viria.
- Não se trata disso. Mas você vir assim sem avisar... Ah deixa pra lá, mas eu tô feliz em te ver sim. - Sorriu e pela primeira vez desde que cheguei reconheci naquele sorriso o homem que me apaixonei.