segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dinheiro traz felicidade?

Quando penso que o mundo gira em torno dele, ou melhor que o dinheiro comanda tudo ao redor do mundo dando poder a quem o possui. Penso em dizer sim a esta pergunta. Entretanto há mais coisas a se considerar quando esta questão vem à tona. Não tenho dúvidas de que o conforto, as satisfações que o dinheiro proporciona nos deixam felizes. Ou melhor, usando o termo mais apropriado realizados. Mas a felicidade são momentos. Um estado de espírito talvez? É possível ser feliz sem ele? Tenho encontrado e conhecido pessoas que dizem ser felizes mesmo não possuindo muito dinheiro, apenas para sua própria subsistência. Vivem suas vidas simples, mas com o coração cheio da centelha da criação. Porque suas vidas não estão baseadas no poder que suas contas bancárias lhes dão. Mas nos relacionamentos que vão construindo ao longo de suas existências. O dinheiro claro que é importante, pois necessitamos dele para sobreviver, mas como consequêcia e não como causa. No entanto vivemos a era do consumismo e o consumismo demanda dinheiro, que demanda mais dinheiro e assim ele passa a ser a causa na vida de milhares de pessoas. Como humano e falho que sou também gostaria de ter bastante. Mas me pergunto para que ter bastante, se sobrevivo com dignidade com o pouco que ganho? seria somente para realizar meus desejos, carros, casas, roupas, viagens, só de pensar meus olhos brilham. E vejo o quanto preciso evoluir, pois não posso deixar que o dinheiro vire causa e sim a consequência em minha existência. E se como consequência conseguir muito, buscar um equilíbrio entre a auto-realização e ser útil. E que meu coração saiba enxergar a verdadeira felicidade, que vem das pessoas e não das coisas.

domingo, 30 de janeiro de 2011

castelos de areia

O mês de janeiro está chegando ao fim. Mau tive tempo de pensar, e ops! O Primeiro mês do ano já se foi... Restam agora 11 meses para ir em busca das mudanças que me propus para este ano. Ainda não dei o pontapé inicial, e o tempo que não perdoa, caminha a passos largos perante a inércia em que me encontro. Preciso agir antes que meus sonhos sejam naufragados pelo senhor tempo. E sobrevivam apenas em minha alma por algum tempo e depois morrerão no íntimo do meu ser... E com o passar dos anos me causarão dor e angústia. Não quero viver do "se", "se eu tivesse feito isto ou aquilo", "aquela viagem ao exterior que desisti no último minuto", " a mudança de cidade", " o não que acabou virando sim", simplesmente por medo. Este sim é o nosso pior inimigo. O medo que paralisa nossas ações e destrói nossos sonhos. Que são como castelos de areia, aparentemente fortes, mas se construídos próximos da água do mar, serão destruídos pela maré... Preciso agir ainda que lentamente, preciso segurar o leme em direção ao desconhecido que propus. E o milagre chamado vida terá valido a pena.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Altruísmo ao alcance de todos

   Ontem assisti há um comovente filme que foi lançado no final de 2009 nos Estados Unidos, e no início de 2010 no Brasil. O filme que originalmente se chama The Blind Side, aqui batizado como Um Sonho Possível. Relata a história de um jovem negro, filho de uma mãe viciada em drogas e com diversas passagens pela prisão por tráfico, e que nem sabe quem é o pai do garoto. Separado da mãe quando criança e dos irmaõs, e com a custódia pertencente ao estado, passando por diversas instituições e sempre fugindo, dormindo nas ruas e sem um lar. Este jovem chega aos dezoito anos semi-analfabeto e sem perspectivas nenhuma de um futuro digno. Este jovem tem a sorte de encontrar uma mulher pertencente a elite americana. Uma mulher casada e mãe de um casal de filhos, bem sucedida, e totalmente altruísta, ela adota este jovem, o levando para morar no lado nobre da cidade. Ele o único negro adotado aos dezoito anos por uma família branca e pertencente a mais alta burguesia americana. O jovem tem um grande talento esportivo, e com a adoção esta mulher muda a realidade dele e de toda sua família. Uma história real de superação e amor ao próximo.
   Durante o filme e quem já o assitiu sabe do que estou falando, sentimos a cada cena uma crescente  admiração pela personagem Leigh Anne Tuohy interpretada por Sandra Bullock. pela sua condição de ser uma pessoa totalmente altruísta. Fiquei pensando como o mundo seria melhor se existissem mais pessoas assim. Embora saibamos que há milhares de pessoas praticando o bem, ajudando a quem realmente necessita, da forma mais genuína possível, ou seja sem esperar nada em troca. E um dia desses conversando com minha adorada mãe, disse-lhe que achava que "existiam mais pessoas ruins que boas no mundo" E ela calmamente me disse que não era verdade. "Porque o mundo já não é tão bom assim, imagine se existisse mais pessoas ruins". disse me com toda a sabedoria de uma matriarca.
   Não tenho dúvidas que existam mais pessoas boas do que ruins. O que faz parecer o contrário é que o mal fica mais em evidência. As ações más ganham mais evidências. Como aquele velho ditado que diz:  "Notícia ruim corre mais do que rastilho de pólvora" E porque admiramos tanto quando nos deparamos com pessoas altruístas? Por que ficamos tão maravilhados? Não deveria ser esta simplesmente uma condição humana, e que todos nós poderíamos praticar o altruísmo? Com certeza ser altruísta é uma atitude nobre e louvável, porém está ao alcance de todos, e não simplesmente ao alcance de poucas pessoas especiais dignas de todo nosso respeito e admiração.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Encontros Inesperados

Conversando com amigos, e todos solteiros. Falávamos sobre a dificuldade de encontrar alguém. Aquela pessoa especial... Alguns disseram que estavam a procura, mas estava difícil. Não sei se procurar é o termo mais apropriado. Talvez fosse melhor deixar acontecer... Fluir naturalmente. Mas como deixar acontecer naturalmente? O mundo mudou e nao queremos "perder tempo", ou a vida passa rápida demais e tem que ser hoje! Amanhã pode ser muito tarde! Sem falar que homens e mulheres sempre têm fórmulas prontas e dizem: "Relacionamento é muito complicado", e quem está com alguém muitas vezes reclama que sente falta do tempo de solteiro. E quem está só no fundo quer ter alguém. Ora assim fica difícil e cá estou tentando dar a minha contribuição... Homens e mulheres cada vez mais independentes, e com uma liberdade sexual bem maior que a das gerações que nos antecederam têm dado as relações a importância que damos aos produtos que usamos hoje em dia, ou seja a descartabilidade. Não sendo um falso moralista pois me enquadro na geração atual e também acompanho esta "evolução". Podemos marcar um encontro pela internet, e até namorar virtualmente. As novas tecnologias da comunicação tem facilitado muito o contato. As redes sociais por exemplo, são um elo de ligação entre realidades diferentes. Mas nada substitui aquele bom e velho papo em um barzinho, aquele encontro inesperado com a amiga de um amigo, que você viu em uma festa dele, e agora a encontra em uma feira livre. O bom relacionamento é o que nasce quando menos se espera, e quando não se procura, mas é preciso estar atento as oportunidades. De repente ela aparece e você deixa escapar... E assim vamos vivendo "Enquanto não encontro a pessoa certa, vou me divertindo com as erradas", e acreditando um dia encontrar um amor verdadeiro, porque ainda acredito no amor. E no fundo é o que todos nós procuramos, um amor verdadeiro! Ou pelo menos esta é a doce ilusão que criamos em nossas mentes e corações.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quem sou?

Olho para as nuvens cinzas a minha frente...Me encanto com a ilha formosa e bela que estou olhando...Minha mente voa, ao toque da suave brisa que toca o meu rosto...Meu pensamento atravessa as nuvens, viaja pelo universo e cai sobre mim com uma pergunta que inquieta meu coração. Quem sou eu? Difícil responder-me com facilidade. Paro, penso e viajo para dentro do meu universo...Ouço o alarido surdo do meu coração, sinto cada vibração, cada sentimento que flui...Ouço a voz da razão, mas a razão e o coração seguem seu próprio destino...São opostos que podem caminhar lado a lado, mas são opostos. Entretanto antes de responder-me esta questão, uma outra me vem a mente. O que eu quero? Só então consigo entender o grande mistério da existência...Só então percebo que o autoconhecimento é grande demais para se responder com duas perguntas...Posso ser o amor ou o ódio, a alegria e a tristeza, a paz ou a guerra...Guerra esta palavra vive dentro do meu ser, diariamente travo uma batalha contra a minha guerra interior...Lutando para manter o equilíbrio das duas forças que habitam os corações humanos, o bem e o mal. Olho para o céu novamente e vejo a linda gaivota sobrevoando com maestria, isso acalma a minha "guerra interior", admirar a natureza, sentir-me parte dela. Ter na consciência de que é possível viver em harmonia. "Consciência" uma palavra, um sentimento tão importante para o autoconhecimento, quanto o ar que respiramos. Essa palavra talvez seja a chave do meu elo perdido...Agora estou conseguindo descobrir quem sou, e para isso é necessário usar a consciência...

Ser Capaz De Econtar Um Oásis No Recôndito Da Alma

"Mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito de sua alma,
é agradecer a deus a cada manhã pelo milagre chamado vida. Ser
feliz e não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de sí mesmo, e ter coragem para
ouvir um não. E ter segurança para ouvir uma crítica mesmo que injusta! Pedras no caminho guardo todas, um dia vou contruir um castelo"
                                                     Fernando Pessoa

domingo, 23 de janeiro de 2011

o tempo

O tempo envelhece,
parece não ter fim,
o tempo é passageiro...
É a ampulheta mágica que move nossas vidas.
É a receita de grandes momentos
de barreiras vencidas,
é a alma do universo
é o sopro da vida.
Vê com olhos invisíveis,
o que ninguém pode enxergar,
sabe coisas imprevisíveis
difíceis de imaginar.
Está sempre disposto a ensinar
seus ensinamentos
estão sempre a vagar,
aos pacientes e prudentes que querem aprender.
O tempo é a magia
que vem nos envolver,
é peça chave da história,
é parte de um conteúdo bem guardado na memória.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Viva o povo brasileiro

Passadas as euforias das festas de fim de ano, as expectativas para o ano novo são as melhores, mas a realidade, nem sempre é assim. No final do ano passado os parlamentares do meu querido Brasil, aprovaram em regime de urgência um reajuste de mais de 60% nos próprios salários. Como se não bastasse, como sempre acontece nestes casos, o efeito é em cascata. Pois os salários do presidente, vice e ministros pegam carona neste projeto que não precisa da sanção do presidente da república, basta apenas ser promulgado pelo congresso. Deputados e senadores um aumento de 61,81%, presidente da república e vice 131%, ministros 134%, agora sim, todos os salários estão equiparados ao teto do funcionalismo público atualmente R$ 26,7 mil. E os nobres parlamentares não terão do que reclamar em 2011, só cabe a mim desejar um feliz ano novo.
   Seguindo a onda de gastanças com o dinheiro público, as fundações ligadas a partidos políticos receberão em 2011 R$ 60, 2 milhões. Instituições que sequer prestam contas a justiça sobre o uso que faz do dinheiro. Sem falar que boa parte dos estados brasileiros pagam aposentadorias vitalícias aos seus ex-governadores e cônjuges. Enquanto nós, simples proletários, teremos agora em janeiro um aumento de pouco mais de 5%, e o nosso bravo salário mínimo é de R$ 540 e passará a R$ 545 em fevereiro.
   O ano que se inicia também deixa profundas cicatrizes de dor e sofrimento há centenas de pessoas que perderam casas e familiares. Na incessante chuva que assolou algumas regiões do Brasil. Pessoas perderam tudo que construiram ao longo de uma vida. Mas aqueles que conseguiram sobreviver, podem dar graças a deus e se considerar privilegiados. Pois conseguiram preservar o bem mais precioso: a vida. Tais tragédias também demonstram a fragilidade de nossos governos em relação a catástrofes desta magnitude. No entanto está de parabéns as pessoas que trabalharam com bravura, resgatando sobreviventes em lugares longínquos e difícil acesso. Infelizmente a demanda pelo serviço foi maior e não foi possível atender a todos.    
   Em meio a tanta dor e sofrimento uma lição nos foi ensinada por estas pessoas que vivenciaram este flagelo em suas próprias vidas: A solidariedade. Milhares de voluntários ajudando da maneira que era possível. Pesoas que não mediam esforços para contribuir de alguma maneira e aliviar um pouco o sofrimento daqueles que padeciam. Seres iluminados que apesar da dor, sabem que a vida continua e sabemos o quanto é difícil o recomeço. Mas a dor se torna mais amena quando encontramos um ombro para nos amparar. Nós sim, somos os verdadeiros "heróis da pátria", não temos acesso ao poder que corrompe nossas almas. Lutamos diariamente para não sermos esmagados pelo sistema. Vivemos na "república do colarinho branco", e ainda conseguimos sonhar, com o amanhã. Vamos nos dar as mãos e tentar transformar cada vez mais ainda que timidamente a realidade a nossa volta. Vamos fazer de 2011 o ano da solidariedade e da empatia. Vamos fazer com que nossa voz seja ouvida, ainda que pareça que ela esteja ecoando no deserto. E ter na consciência de que a única luta que realmente vale a pena, e que nos resta seguir é a de nossos sonhos. mas já dizia Raul Seixas " sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade". Viva o povo brasileiro!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Trecho do meu livro Marcas do Sistema

"Lavei o rosto e em seguida me levaram de volta ao centro
da cela. Dei uma rápida olhada ao redor, todos me olhavam.
Eu não sabia o que dizer, mas precisava dizer alguma coisa.
Naquele momento levei um choque e tomei um "banho de realidade".
Somente naquele momento senti na pele as consequências do que andei fazendo.
Meu mundo desabara e eu estava preso. Ali no chão, na cela de uma cadeia,
alheio a tudo e a todos, pela primeira vez, meu coração sangrou."

A paz que me invade

O silêncio da madrugada
a leve brisa que toca meu rosto,
veio em mim germinar a paz que eu sinto agora
a vontade de "voar".
Os pensamentos flutuantes
criam vida dentro do meu ser,
algo me fascina não consigo descrever.
A sensação de euforia que vem do fascínio desta noite,
com a força da natureza, que toca em minha alma, com toda delicadeza.
A sensação de estar a ermo
o vento que toca os arbustos, e quebra o silêncio da noite
que toca meu corpo e vem me dizer,
sou sua companhia, estou com você.
A minha alma tem sede,
sede de aventura, ela se desperta com a própria candura.

Sabor Amargo

O click da arma automática
o dedo puxando o gatilho
acertando o alvo: Um corpo humano,
de preferência em pontos vitais.
Uma chuva de mísseis e bombas
banha com sangue o solo empoeirado.
O sangue que virou óleo, o óleo que virou sangue.
O barulho ensurdecedor de um canhão, rajadas de metralhadoras
ceifando vidas, no video game da vida real.
Pais que choram em vão a morte de seus filhos, entregues a
própria sorte, sentindo o cheiro da morte que se faz onipresente.
Sonhos que são interrompidos, de forma brutal e sanguinária.
Seres mutilados que são obrigados a carregar as cruzes que lhes deram.
A luta pela sobrevivência é desumana. A vida quer seguir seu curso, em meio ao inferno
do campo de batalhas. Talvez a morte seja a solução?
Este é o sabor amargo da guerra, onde "o troféu dos vencedores"
são inúmeras vidas ceifadas.

O que preciso para viver?

O que preciso para viver?
qual o sentido, a razão de minha existência...
Quando penso que a morte, é o meu maior medo
e a minha única certeza. Repenso tudo que tenho feito,
e o caminho que estou trilhando...Será que algumas coisas
valem mesmo a pena?
talvez o meu hoje não esteja sendo preenchido, como deveria...
em função de um amanhã que não me pertence. As nuvens cinzas
sobre minha cabeça nada podem me dizer, mas se comunicam com minha alma.
E o amanhã é como elas, estou vendo-as, entretanto não posso toca-las,
me parecem perto, mas longe da minha realidade.
Vi a face da morte, e fiquei desesperado, porque ainda tenho muito a realizar...
e triste por não ter feito o que poderia...Vejo que muito que poderia fazer
com pouco não fiz, e fiz muito aquilo que é tão pouco...tão pequeno diante da grandeza do universo,
meu pequeno e tolo universo...O universo humano.