quarta-feira, 23 de abril de 2014

Em Algum Lugar Onde O Coração Se Conecta Com O Vento E Sopra Um Hálito Quente...




Hoje eu acordei com saudade de não sei o quê... 
Com a nostalgia de não sei de quem...
Com o coração em desalinho por não sei o quê... 
Acordei com a certeza de que o dia está belo
E que meu coração vagueia nas entrelinhas do meu ser
E se funde ao tempo em que estou
Vivendo. Do café fumegante que ingeri, 
Do pão que comi me transportei para a silhueta da
Mulher que tem invadido os meus sonhos, formas graciosas de uma mulher sem rosto e
Cabelos que oram me parecem longos, ora me parecem curtos. 
Apenas a silhueta em forma de sombras que dança para mim. 
Não sei se ela é loira, ruiva, morena, negra... Mas sei que
Ela existe em algum lugar... 
Em algum lugar onde um coração se conecta com o vento e sopra
Um hálito quente, que semeia as tâmaras do deserto, que sussurra seu agridoce nas manhãs
Geladas, que preenche as nascentes de corações nas areias do tempo.  Olho pela janela e vejo
As folhas balançarem e rio porque não sei onde esta silhueta está, mas nunca duvidei de sua
Existência.  Acordei com um saudosismo de não sei o quê... E mesmo com a iminência dos
Fatos, com os pontos que precisam ser preenchidos nas entrelinhas, carrego em meu coração
O desejo de encontra-la, de beber a poção mágica que só existe dentro de meu coração, de
Sentir o seu hálito quente jogado pelo vento, completando o livro de nossos dias... Um brinde
A vida, ao saudosismo, as vírgulas ainda não colocadas e os pontos ainda em construção...
Viver é um caminho a ser percorrido no dia-a-dia de nossas aspirações, e ter sempre esta
Incógnita entranhada em nossos corações, é ter a única certeza de que vale a pena tentar.
Hoje é a dama de silhueta desconhecida, que faz a vida valer a pena. Ela tem exatamente

A forma que preciso para ser feliz. Hoje e somente hoje é tempo de encontra-la. 



terça-feira, 8 de abril de 2014

Boicoto Meu Coração No Mínimo Um Milhão De Vezes

Recomeçar... É sempre uma incógnita?  É a razão matemática mais difícil de meu coração. Talvez seja tarde demais eu penso. Boicoto o meu coração no mínimo um milhão de vezes, antes de me perguntar por quê não? Fecho os olhos e inspiro como se pudesse materializar os anseios do meu coração numa fração de segundos. Naquele exato momento onde tempo e espaço se tornam secundários. Inspiro o perfume que me faz sonhar, o perfume que deleita em minha alma a bambina que aquece o meu coração congelado pelo tempo. E tudo passa a fazer sentido porque a alma harmoniza a melodia que o coração timidamente começa tocar. Os olhos procuram e encontram, encontram e procuram como se tivessem todo o tempo do mundo. Mesmo sabendo que no fundo temos pouco tempo. Pontos em comum se cruzam em paralelas fazendo desaparecer toda a lógica. Simplificando tanto para depois confundir ainda mais, pois nem sempre conseguimos compreender aquilo que é tão simples.  A minha visão se turva diante daquilo que é tão óbvio, se recusa a compreender aquilo que o coração entende com tamanha facilidade...  À noite me abraça e o dia me inquieta, aonde construo e desconstruo as pontes que me ligam ao universo frágil e surpreendente de um coração. Quanto tempo ainda tenho? Quando ouço a melodia que meu coração produz sei que não tenho muito tempo, mas o suficiente para ir em busca do meu “elo perdido” me entregar ao olhos e me perder no sorriso... Cabelos ao vento fazem trilhas no labirinto do meu coração...