sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Novembro Despedaçado ( Lições do Amor)

Hoje sentí tua presença tão forte como se você estivesse ao meu lado... O sol estava alto e fazia muito calor, embora uma leve brisa tocava meu corpo. Caminhei a esmo olhando para o mar e a montanha. Sentei no quebra mar e fiquei olhando os pequenos barcos pesqueiros, o grande navio e a bela ilha a minha frente. Entretanto o que meus olhos viam meu coração não sentia. Meu coração sentia aquilo que os olhos não viam há muito tempo. Embora sua imagem estava plena em meu coração como se a estivesse visto ontem... Hoje a tarde estava estranha, saudosa, me sentia parte da natureza enquanto refazia nossos passos. Não pude evitar aquilo que a minha alma não suportava mais, e meus olhos chorosos não puderam conter as lágrimas. Um choro contido e solitário, uma dor leve porém contínua em meu peito. E uma sensação difícil de descrever algo entre a alegria e a tristeza, as boas lembranças e a falta delas. Um leve sorriso iluminou meu rosto, pois as lágrimas eram boas recordações... Nossos passos na famosa rua do centro, a travessia do mar, a sala do cinema, o desejo no olhar. Ao mesmo tempo eram de tristeza, pois você não estava mais lá. Por quê eu? Perguntei ao criador e esperei por uma resposta que não veio. E no silêncio fúnebre interrompido apenas pelo suave roçar do vento e o leve barulho das águas do mar, tudo ficou claro. Só o amor é capaz de ferir e curar como nenhum outro sentimento. Eu me rendo a esse amor, completamente vulnerável sei que ele é maior que eu, compreendí que nunca deixei de te amar, pois você é inequecível, compreendí que o espaço que você conquistou em meu coração é exclusivo. Embora ainda sinta o amor latente no peito, que ainda a amo com a mesma intensidade de quando nossos olhos se cruzaram, sei também que é preciso me acostumar com a sua ausência. Como se conversasse com o vento digo : EU TE AMO, imaginando que ele levará as minhas palavras ao teu ouvido. E quando me acostumar com a tua ausência , poderei seguir em frente mesmo sabendo que é impossível não olhar para trás.