segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tributando Megas Fortunas

Sexta-feira passada assisti ao pronunciamento do senador Cristóvam Buarque pela TV Senado ao vivo. Ele levantou uma questão muito interessante durante o seu discurso. Milionários americanos e franceses sugeriam aos governos de seus respectivos países que pagassem mais impostos. Ou seja os próprios mega milionários pediram as autoridades que pagassem mais tributos. Muitas vezes disse um dos mega milionários que ele pagava menos tributos que até mesmo de alguns de seus funcionários. Uma vez que existem "brechas", "mecanismos" que se torna mais fácil para os mega empresários sonegarem impostos. O nobre senador falou sobre uma possível tributação especial para as maiores fortunas, ao que me parece nada mais justo. No entanto em seu próprio discurso o nobre senador disse que após a primeira vez que falou sobre este assunto no senado, recebeu diversos e-mails de reações contrárias. O que lhe deixou perplexo foram os motivos que a maioria das pessoas alegaram ser contra.
   As pessoas diziam que eram contra qualquer projeto de lei que taxassem os mais ricos, uma vez que este dinheiro iria para o tesouro nacional. E aí quem garante que este recurso não seja desviado para enriquecer mais políticos desonestos que existem neste país. Pratica que estamos sempre vendo nos noticiários. O nobre senador apontou para a gravidade da situação. Pois as pessoas não eram contra ao tributo em sí. O que estava em questão é sobre a confiança que a classe política inspira cada vez menos na população.

Um Sonho Chamado Líbia

   A Líbia está em chamas. Estamos assistindo há uma das mais dramáticas lutas pela liberdade. Sim o povo Líbio foi as ruas pegou em armas e derrubou um governo que ainda resisti, embora na prática sabemos que o regime instalado no país há mais de quarentas anos foi derrotado. É lamental que governos como o de Muammar Gaddafi prefira matar a própria polulação em vez de sair pacificamente. mas o poder além de seduzir não é algo que se entregue facilmente. Enquanto a população vivia em condições precárias, o coronel e sua família viviam num luxo só. Mas quanto a isto, aqui não é tão diferente, enquanto o povo vive com o salário miníno tentando fazer milagre para que o dinheiro "dure" até o próximo mês, nossos governantes vivem em palácios e ainda desviam dinheiro público. A diferença é que aqui são muitos, ao contrário da Líbia que são muitos que giram em torno de um homem só, quer dizer girava.
   Embora a situação na Líbia ainda esteja longe de ser a ideal, o primeiro passo foi dado. Infelizmente muitas vidas foram ceifadas, fato que realmente é lamentável, entretanto não haveria outros meios de destituir alguém do poder como Gaddafi sem ter este saldo negativo. Mas o sangue derramado por aqueles que lutaram não ficará em vão. O povo foi as ruas, enfrentou e vem enfrentando bravamente, as feridas são inevitáveis quando se está numa guerra. Guerra esta que para o povo simboliza a liberdade. E ainda que o preço seja a vida, vale a pena lutar por liberdade, e uma nação mais justa para a próxima geração. Sim as pessoas estão lutando por seus sonhos, são guerreiros em busca da liberdade. E um guerreiro nunca está em paz enquanto não luta por seus sonhos. O sonho é maior do que a própria vida, e a própria morte. Um sonho chamado Líbia.

sábado, 27 de agosto de 2011

Sarau À Francesa

Anteontem assisti há um sarau de música francesa no teatro municipal de São Sebastião. Foi a primeira vez que assisti há um sarau somente com canções clássicas da música francesa. As canções foram maravilhosamente interpretadas. No palco Marco Antônio Rego Câmara (intérprete). O violonista Rafael Della Guarda que fizera os arranjos das músicas ali interpretadas. E João Carlos Figueiredo que recitou poeticamente sobre a música francesa durante as pausas das canções. Os três fizeram um espetáculo maravilhoso. Marco Antônio de baixinho se agigantou no palco e levou a platéia ao delírio com uma voz potente e agradável, Os dedos do violonista Rafael desfilavam harmonicamente sobre o instrumento, nos fazendo viajar no universo encantado da melodia harmoniosa. As palavras recitadas por João Carlos sobre o amor, as incertezas, as nuances da música francesa eram de uma força e uma leveza ao mesmo tempo que nos conduzia a França romântica, poética e revolucionária.
   O espetáculo durou pouco mais de uma hora. Mas durante aquele curto período de tempo que passou tão rápido, “e me deixou com um gosto de quero mais”. Senti uma emoção como há muito tempo não sentia com um espetáculo. Pude ver e sentir todo o amor devotado ao mar na canção “La Mer”, sentir a força de Edith Piaf na canção “Je Ne Regrette Rien” a coragem e pureza em "Ne Me Quitte Pás". Viva a arte que tem a capacidade de mexer com nossas emoções, sentimentos. Que nos transporta para um lugar onde tínhamos esquecido o caminho.
   Quero parabenizar ao trio de artistas que se dedicaram de corpo e alma há um trabalho tão nobre e difícil. Pois interpretar maravilhosamente as canções como eles fizeram é um trabalho para profissionais do mais alto gabarito. Só tenho que aplaudi-los e agradecê-los por me proporcionar momentos tão prazerosos através de sua arte. Quero agradecer especialmente ao Marco Antonio por ter me convidado. E assim me proporcionar o espetáculo que será inesquecível em minha existência.

Metendo O Olho Onde Não Deve


Zigfrido estava mexendo em suas bugigangas no quintal quando de repente toca a campainha:
- Oi vizinho tudo bem? – Disse a nova vizinha de Zigfrido após ele abrir o portão. A moça que possuía seios nada convencionais de tão grandes que eram, e pareciam cada vez maiores por trás daquela blusa minúscula e com um decote exageradamente grande.
- Tudo sim. – Respondeu Zigfrido com o olhar concentrado nos olhos da mulher para não olhar diretamente para os seios dela, e assim cometer esta deselegância.
- Sabe o que é, eu preciso de um favor seu... Será que você poderia cuidar do Lilico enquanto eu estiver fora este fim de semana?
- Cuidar de quem? – Zigfrido disse encarando-a mulher cada vez mais e com uma enorme vontade de dar aquela desviada básica de olho. Mas ele se mantinha firme.
- Lilico é o meu cachorro. É que vou ter que viajar este fim de semana, e não vou poder levá-lo. Se o senhor puder tomar conta dele pra mim. É só por a ração e água. – Ela fez o pedido de uma maneira bem peculiar que só as mulheres sabem fazer quando querem algo de um homem, e diante de tal pedido só restou a Zigfrido todo solicito servir a sua vizinha cuidando do seu Maltês.
- Claro pode deixar que eu cuido dele sim. – E antes de encerrar o breve diálogo. Ele dá aquela rápida e discreta olhada ao decote como quem diz : “ Me perdoe vizinha, não resisti tive que dar uma olhadinha”. Ela percebe e sorri:
- Muito obrigada . – “ Nossa achei que ele não fosse olhar”. – Pensa. E sai toda contente afinal aquela olhada rápida e discreta faz bem ao ego feminino.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Trocando O Dilho.

Desde que se entendera por gente ele prefere que o chamem de lindo. Não que ele seja do “tipo que se acha querido leitor”. Mas seu nome... Bem seu nome é um capítulo a parte, não é tão comum e nem eu que sou seu melhor amigo me arrisco a dizer agora. Quando criança logo no início de sua vida escolar, os apelidos e as pilhérias eram comuns, e não há quem escape dos apelidos na época escolar, embora nunca tive muitos, colecionei alguns. Quando ia ao consultório médico ligava antes para esclarecer o imbróglio.
- Pode entrar Sr. Lindo. – A gentil recepcionista anunciava, com um pequeno riso contido. Afinal ela sabia o seu nome completo. E os presentes também ficavam espantados afinal não é sempre que conhecemos alguém com o nome de Lindo.
Os vendedores, sempre eles com suas pranchetas fazendo cadastros e a primeira pergunta naturalmente começava pelo nome. Pronto era sempre um terror para nosso bravo herói que muitas vezes causava um pequeno acesso de riso somente por pronunciar Lindo, ou até mesmo confusão, “não entendi senhor o que é lindo mesmo”? E ele dava aquela soprada com a boca, contava até dez e dizia: Meu nome.
    Um belo dia o inesperado acontece, Lindo não ficou muito tempo na escola, ele não aguentou muito tempo aquela vida de ter seu nome chamado pelas professoras na hora da chamada. E depois ele não gostava muito de escola mesmo. Mas o inesperado sempre acontece, Astolfo estudou com ele nos primeiros anos de escola, e se mudara com a família para Fortaleza, entretanto em um belo dia ele encara para aquele homenzarrão no aeroporto, pensa muito... Sua mente volta em um determinado período e Bum. Como uma explosão ele se recorda a emoção é tanta de reencontrar um colega de escola que nem se deu conta de que está em um aeroporto cheio de pessoas:
- Girolindooooo! – Grita entusiasmado, e caminha em direção ao homem, que ficara vermelho e o “fogo subia pelas ventas”. – Girolindo Giroldo! – E cada vez mais se aproximava e o pobre Girolindo com o rosto virado, como se não fosse com ele.
-Aqui Girolindoooooo.....Olha pra cá, sou eu Astolfo lembra? Estudamos juntos em Quixeramobim. – A esta altura muitas das pessoas ali presentes já não se continham e começaram a dar risadas, o que só aumentava a raiva em Girolindo.
- Acho que ele deve tá falando com o senhor. – Disse a mulher sentada ao lado com o sorriso contido.
- Olha aqui meu senhor eu nunca o vi em minha e tampouco me chamo Giro... O quê? – Disse enfurecido se recusando a pegar na mão de seu colega de infância Astolfo.
- Mas é claro que é você Girolindo. Não se faça de rogado. Uma pessoa como você não se esquece facilmente. - Na verdade ele queria dizer que um nome como este é inesquecível. Pronto a confusão estava Armada, foi uma quizumba daquelas e só não deu brigas por causa da “turma do deixa disso”. Passado o episódio do aeroporto Girolindo prometeu que quando casasse e tivesse filhos escolheria um nome mais adequado ao futuro rebento. E anos após aquele episódio nascera o seu primogênito, e todo orgulhoso com o nome na mente lá vai Girolindo registrar a criança.
- Qual o nome do bebê? Perguntou o funcionário do cartório.
- É Lionardo. – Disse Girolindo todo orgulhoso.
- Elionardo. - Registrou o funcionário do cartório.
O pequeno Elionardo cresceu, casou e após registrar o primeiro filho ligou para o pai e disse:
- O velho desta vez eu acertei. O nome  do seu neto é Leonardo.

domingo, 21 de agosto de 2011

Planeta Ônibus.


Como um bom usuário do transporte coletivo que sou também não me falta o senso de observador característico de todos aqueles que diariamente usam esse transporte para ir ao trabalho por este Brasil afora. Dentro de um ônibus existe uma verdadeira comunidade, um mundo a parte. Quase sempre lotado presenciamos de tudo inclusive discussões. Quando o motorista da aquela frenada brusca e pronto não demora muito para alguém proferir impropérios a sua genitora, e depois do primeiro muitos outros virão. Aliás, juiz de futebol e motorista de transporte coletivo tem esta peculiaridade em comum. Se corre demais, tome reclamação afinal não é “a mãe dele que esta ali”. Se anda devagar tome reclamação “Este motorista é muito lento” “Não sabe dirigir, deixa o motor perder o giro, não disse”.  . Outro dia ouvi uma senhora dizer que ela não daria seu lugar a ninguém já que ela também tinha pago a passagem e a culpa era de quem entrava em um ônibus lotado, mal sabe ela que além de ser uma questão de empatia é lei, pois existem acentos reservados para pessoas em condições especiais.
   Mas não é só de reclamações que vive a população “transporte coletiviana” ou “onibusana”. Há também cavalheirismo, empatia, embora em um número cada vez mais reduzido. Aquele indivíduo que ainda se levanta para oferecer o seu lugar a um idoso, uma jovem com um bebê nos braços etc..
No ônibus fala-se sobre a novela: “Você viu quem matou a norma em Insensato Coração”?” “ A mãe do Léo só pode ser louca, como é mesmo o nome dela?”“ Wanda” Diz a outra que não estava participando, mas estava atenta a conversa.
Sobre futebol: “ Você viu que golaço fez o Neymar contra o Flamengo” “ E o Ronaldinho Gaúcho aquele gol metendo a bola embaixo da barreira” – E imita o gol com as mãos. “ coisa de gênio” – Pondera outro.
Claro que não poderia faltar a população onibusana que é sempre tão informada a política: “Nossa você assitiu pela TV ontem as declarações da presidente, ou melhor presidenta né, é assim que ela quer ser chamada.” “ Político é tudo igual mesmo” “ mas ultimamente está demais”, “nada sempre houve é que agora está sendo mais divulgado”.
   A população onibusana também lança modas. Afinal sempre tem aquela roupa bacana que alguém está usando e que lhe desperta o desejo de consumo. Ou então um belo par de coxas em uma saia tão minúscula que me recuso a chamar de “mini”, e que causa o alvoroço dos homens que fingindo não ver dá aquela olhada de “rabo de olho”, como quem não quer nada. Os mais puritanos em geral as senhoras que ali se encontram cochicham: “ Onde já se viu usar uma saía daquelas” “ falta de vergonha, desconjuro”.
Tem também aquele cidadão que senta na cadeira como se fosse só dele, abre as pernas e deixa apenas um espaçozinho para o outro usar. Afinal ele é o dono do pedaço você que senta na beirinha, pois o espaço “é pequeno demais para dois”. E não podia faltar o cantor aquele cidadão que entra com uma mochila um tanto suja, roupas de quem não lava há um bom tempo, um hálito que é pura 51, ou caninha da roça, e ao passar pela roleta segue em direção ao fundão e a população onibusana abre espaço se espremendo temendo um simples esbarrão no indivíduo, que ao chegar ao fundão canta sucessos de Raúl Seixas, Cazuza, repete a música Maluco Beleza "trocentas vezes", e tenta puxar um diálogo, ao que ninguém lhe responde, como se fosse um homem invisível. Não podemos esquecer dos que tem um belo perfume natural exalando pelas axilas, pois um bom desodorante estragaria aquele perfume natural do homem afinal, "homem que é homem não usa desodorantes". E assim quando ele levanta os braços dá vontade de parar de respirar, ou então respirar só pela boca, tática que funciona. Não podia faltar o bom e velho Pum, que uma vez solto em direção ao chão insiste em subir até o nariz. E o vento que entra pelas janelas faz questão de espalhar e logo caretas e comentários do tipo: “ Nossa que falta de respeito”, “Não tem educação”, “tá louco viu, este está podre”- Diz o autor do próprio disparo.
   Antes de finalizar não poderia esquecer de contar uma pequena história sobre a população Onibusana, que me lembrei enquanto escrevia esta crônica e me foi contada por minha mãe: Meus pais caminhavam tranquilamente pelas ruas da capital acreana - Rio Branco- Quando uma mulher se aproxima e pergunta ao meu pai:
- Moço, o cata corno já passou? - Meu pai que não perde a oportunidade respondeu:
- Não senhora. Mas o cata puta está perto de passar.
   A tecnologia se faz presente nesta população, pois estamos sempre vendo os usuários com seus modernos celulares com mp3s, notebooks de todos os tipos e formatos, Alguns concentrados na viagem que a musica lhe traz através dos fones em seus ouvidos. Se bem que fones de ouvidos tem sido uma coisa rara em ônibus ultimamente. A moda agora é ouvir a sua música no último volume e fone de ouvidos pra que? Deixe que os outros ouçam a música tocada por este pequeno, moderno e potente aparelho afinal todos gostam de música mesmo. Estou contribuindo até para quebrar a rotina. E tranquilamente vou lendo o meu livro e ouvindo aquela música, tocada pelo aparelho do vizinho e me pergunto, onde estão os fones de ouvidos? Fone de ouvido é luxo, e assim um, dois ou três aparelhinhos vão tocando ao mesmo tempo, só cabe a você eleger qual a melhor canção e boa viagem até o ponto final.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Você Quer Ter Razão Ou Ser Feliz?

   Há alguns dias travei um forte debate com um amigo. Cada um tentando provar que estava certo. cada um defendendo o seu ponto de vista. O clima esquentou e  precisei contar até 10 para não brigarmos. Mas enfim consegui provar que estava certo. Mas ficou um clima tão pesado no ar que era quase impossível permanecer ali juntos, sem ignorar o que tinha acabado de acontecer. Embora tenha conseguido provar que estava com a razão fiquei com uma amargura no peito. Com a sensação mais de tristeza do que alegria, mais de perda, do que de vitória.
   Quando cheguei em casa, a noite assisti ao programa Show Business com João Dória Jr. E antes de chamar o comercial o apresentador pediu a um colega de emissora que agora me falha o nome, para falar sobre a reflexão do dia. O jornalista apresentou um pensamento do poeta Ferreira Gullar que tinha travado uma discussão com a esposa na qual ele tinha vencido. Mas que a discussão deixara um clima pesado, uma amargura no ar, e refletindo sobre o assunto o poeta se perguntara, se teria valido a pena. "Se ele queria ter razão ou ser feliz".
   Imediatamente pensei na discussão que tive com meu amigo. Percebi que a discussão que tive com ele não contribuíra em nada para ambos. E que muitas vezes perdemos a oportunidade de fazer concessões, de sermos mais flexíveis em nome de algo maior. Aprendi uma grande lição, prefero ser feliz em vez de ter razão. A razão pode não me conduzir a felicidade, mas a felicidade me conduzirá a razão. E você? Quer ter razão ou ser feliz?

Cidadania Em Terras Tupiniquins.

Corrupção na política sempre existiu, e sempre vai existir... Ainda mais se tratando de Brasil que em nível de corrupção, esta aquém até de muitos paises que possui guerrilha interna. Mas ultimamente a notícia que mais circula nos veículos de comunicação é sobre corrupção em tal e tal ministério. Hoje não nos importamos mais sobre corrupção em determinado governo... Afinal somos impotentes ao sistema. Pois em nenhum momento creio com muita convicção, que a população irá às ruas protestar como temos visto em diversas partes do mundo. Embora saibamos que o povo tem o poder, mas infelizmente aqui em terras tupiniquins a noção de poder que temos é de dar o direito a alguém enriquecer as custas da nação através do voto. A questão é... Até que ponto nos chocamos? Mesmo que estejamos “acostumados”, com o sistema político em nosso país. Os políticos a cada dia conseguem nos deixar mais escandalizados... É incrível como a classe política consegue realizar esta façanha. Entra governo, sai governo e o sistema doentio continua... O câncer que é o maior entrave ao crescimento do país... É caro leitor, se alguém que chegar ao poder tentar arrumar a casa, ou até mesmo moralizar o sistema, vai estar “enxugando gelo”. Por isso infelizmente hoje em dia tenho que concordar ainda que a contragosto com a filosofia do “rouba, mas faz”... Filosofia que tanto ouço nas ruas. A única arma que temos se é que assim podemos chamar é o voto. Na verdade é o único direito que temos de escolher alguém que nos represente em um sistema corrompido. Tomara que consigamos escolher aquele que rouba, mas faz nas próximas eleições. E assim exercer a “nossa cidadania”.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Meu momento

Ouço aquela música e volto no tempo... No tempo que a vida dá muitas voltas... Como os grãos de areia que são arrastados pelo vento... Pobre coração que não esquece o que passou, rico coração que transforma o que passou numa mágica lembrança... Salto no abismo... O passado e o presente é uma só equação... Batem em um só coração... Ouço as areias da ampulheta caindo lentamente... Meus olhos se transportam para um lugar especial no universo...Universo encantador em que os olhos comunicam aquilo que somente um coração puro consegue entender... Entro em uma galáxia distante e sinto-me como se estivesse flutuando na totalidade do cosmos... Até as correntes sanguíneas de meu corpo misturam-se a melodia da canção que ouço... Tudo se transforma neste momento... Ouço o tic tac do meu coração... A minha respiração lenta... Cada partícula do meu corpo vivi intensamente...E a certeza de que este momento é único e mágico... E que por mais que revivo ele, nunca terá a magia como deste momento...


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Rede Social

Seu Astolfo casado há mais de quarenta anos com D.Adélia ainda se tratavam como um casal de namorados. Onde quer que estivessem era um chamego só. E não importa na presença de quem estava. Depois que passou a existir computador, o amor deles se fortaleceu ainda mais e o que digam as redes sociais. Aproveitando o sucesso que esse dois fenômenos provocaram na vida de milhões de pessoas, a internet e consequentemente a rede social, seu Astolfo viu nascer mais uma forma de aquecer o relacionamento. Porque não usar a rede social? Ela encurtaria a distância entre o casal não importa onde cada um estivesse.
- Que lindo meu amor. Adorei o buquê que tu me enviastes. - Digitou na pagina do marido após ver o lindo bouquet. E em seguida enviou um vídeo do Roberto Carlos cantando Por Isso Corro Demais.
Não demora muito tempo e seu Astolfo vê o vídeo que a mulher lhe envia do rei cantando com maestria. Lembra do tempo de sua mocidade quando ia buscar a sua amada no seu calhambeque, calça boca de sino, brilhantina nos cabelos. Tal como o Rei dirigindo no clip. E não demora a responder:
- Danadinha você sabe que esta música “nos lembra algo”, dá a maior vontade de te dar um beijo. – Rapidamente D. Adélia envia outra mensagem dizendo: E porque você não vem me dar um beijo.
- Só se for agora. – Envia a mensagem, deixa o notebook no sofá e vai em direção ao quarto e da um super beijo na mulher que tinha acabado de enviar do seu PC mais uma mensagem “ Vou ficar esperando”, antes dele chegar. Em seguida Seu Astolfo volta para a sala para teclar mais uma mensagem.  




 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma Casinha No Coração Da Floresta Saudade

A vida é mesmo uma jóia rara, é o diamante mais precioso que existe. O tempo é a janela que nos transporta para o infinito. Hoje abri a janela de minha existência, abri a janela de uma casinha aconchegante no coração de uma floresta chamada lembranças. Mergulhei nos recônditos de minha alma, caminhei por caminhos que há muito tempo não eram percorridos, mais facilmente lembrados, pois assim como a gaveta guarda o que necessitamos, para depois pega-lo novamente. Assim percorri os caminhos da minha infância e adolescência novamente. Revivi a criança que fui, o adolescente, o homem que me tornei. Ah quantas lembranças de um tempo que passou, quanta coisa boa me recordei, até dos meus medos, da minha timidez, da incapacidade de compreender “o mundo dos adultos”. Ao percorrer por estes caminhos novamente pude sentir toda a ternura de minhas divagações. Sim minhas lembranças eternamente guardadas nesta casinha no seio da floresta. É a gaveta onde guardo as minhas lembranças de um tempo, onde embora se passou, poderá voltar sempre que eu decidir visitar esta casa, abrir esta gaveta. E assim voltar a ser a criança, o adolescente e compreender melhor o homem.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amigos A Maior Riqueza Que Temos.

   Amigos são presentes de Deus em nossas vidas. Muitas vezes estamos passando por momentos difíceis e eles estão ao nosso lado. Nos momentos de alegria eles estão a compartilhar conosco. Cometemos erros, falhamos, pois a nossa condição humana não permite que sejamos perfeitos. As vezes até magoamos aqueles que consideramos amigos, mas onde existe uma mente aberta ao diálogo, chega-se a um entendimento. Onde existe humildade, existe o perdão. Todo mundo tem um pelo menos, ou deveria ter pois aquele que não tem amigos ainda não descobriu o tesouro da existência.
   Ter amigos é reconhecer que sozinhos não vamos a lugar nenhum. É reconhecer que somos apenas um grão de areia, mas que juntos somos capazes de formar o imenso areal. O amigo é o irmão que você nunca teve, é o pai que gostaria de ter, é a sua identidade refletida no outro. É a sinceridade de dois corações que caminham lado a lado. Compartilhamos segredos, dividimos histórias, sempre que possível procuramos estar juntos. A satisfação é mútua quando o amigo tem uma conquista. Lembro com carinho dos amigos que construi ao longo dos anos. E em todos os momentos mais marcantes de minha singela existência eles estavam presentes. Viva a amizade, viva os amigos, pois quem tem amigos, possui o elixir da vida.