A casa do Roman não era grande e nem pequena. Mas ideal para uma pessoa que morava só, como ele. E agora digo que era ideal para nós dois. Viver ao seu lado era uma caixinha de surpresaa aliás, a vida a dois é uma caixinha de surpresas. Apesar de amá-lo loucamente, com a convivência fui percebendo que o seu humor era instável. A empresa onde ele trabalhava era do outro lado da cidade, e ele constantemente reclamava do trânsito que a cada dia fazia ele e milhares de pessoas "perderem tempo". Quando ele chegava de mau humor, eu evitava até mesmo perguntar como tinha sido o dia dele. Já o conhecia suficiente para saber que nestas horas ele não queria conversar. Ele não me tratava mal, mas percebia que ele não estava se sentindo bem com a minha presença ali. Perguntei a ele algumas vezes e ele nunca me admitira isto. E agia comigo como um companheiro de uma relação marital. Nos davamos bem na cama o que é importante para qualquer casal, embora não seja o principal, conta muito em qualquer relação. E dizia que me amava, mas a vida de casado não fazia parte dos seus planos naquele momento de sua vida. Eu caíra em sua vida de repente e estava mudando radicalmente, a sua vida. Pelo menos eu acreditava que sim.
Depois do meu primeiro mês morando com ele comecei a trabalhar de vendedora em uma loja de calçados. Apesar das coisas não acontecerem como sonhei, estava indo dentro dos conformes e podia dizer que estava feliz. Sempre fui uma mulher muito carente, e sempre fui sozinha. Mesmo quando morava na casa dos meus pais, sou filha única, e nunca dividi nem mesmos as minhas mais simples dúvidas com minha mãe. Sonhadora, romântica sempre fui... Mas agora estava aprendendo com a vida, a ser menos sonhadora... Soa até irônico isso pra mim... Deixar de ser sonhadora e encarar a vida pela ótica da realidade... Mas a realidade é dura, e sem o brilho dos sonhos, mas necessária em nossa existência...
Depois do meu primeiro mês morando com ele comecei a trabalhar de vendedora em uma loja de calçados. Apesar das coisas não acontecerem como sonhei, estava indo dentro dos conformes e podia dizer que estava feliz. Sempre fui uma mulher muito carente, e sempre fui sozinha. Mesmo quando morava na casa dos meus pais, sou filha única, e nunca dividi nem mesmos as minhas mais simples dúvidas com minha mãe. Sonhadora, romântica sempre fui... Mas agora estava aprendendo com a vida, a ser menos sonhadora... Soa até irônico isso pra mim... Deixar de ser sonhadora e encarar a vida pela ótica da realidade... Mas a realidade é dura, e sem o brilho dos sonhos, mas necessária em nossa existência...
Nenhum comentário:
Postar um comentário