As coisas já não caminhavam tão bem entre nós, aquela magia que existia no começo do relacionamento se acabara. Sobrara as discussões, as cobranças, as acusações. O meu conto de fadas estava se transformando em um pesadelo. Estavamos nos tornando estranhos um ao outro. Embora confesso que já não sentia com tamanha intensidade o mesmo sentimento por Romam, ainda restava algo que ardia em meu peito. Naquela tarde de inverno ele entrou em casa com o olhar frio, e com uma decisão tomada que eu não demoraria a saber...
- Precisamos ter uma conversa séria e definitiva. - Cheguei estremecer, pois sabia que algo muito sério viria pela frente.
- Acho que foi um erro toda a nossa história. Acho que estou tentando ser quem eu não sou. E talvez você esteja tentando ser quem você não é. Nossos mundos são diferentes, embora não sei se é amor o que sinto por você, mas gosto muito de você. Acho que se continuarmos juntos acabaremos com o sentimento que seja lá o que for ainda existe entre nós. - Eu quase não tinha voz para falar quando ele se calou e chegou a minha vez:
- Eu amo você, ou seja lá o que for como você disse, mas é algo muito forte que sinto. Mas não sei se foi um erro, eu acreditei em um sentimento. Acreditei em um sentimento que não sei se é realmente amor, mas é algo tão forte que por ele mudei minha existência, mas em nenhum momento deixei de ser quem eu sou. E se nós não podemos mais conviver pacificamente, se não existe mais nenhum tipo de sentimento de sua parte que possa fazer com que superamos esta crise, acho que o fim realmente chegou... - Tinha segurado minhas lágrimas até ali, mas assim que pronunciei as últimas palavras não fui mas capaz de conter o rio que corria sobre a minha face. Ele se aproximou e me abraçou forte e disse:
- Sinto algo muito forte por você também, mas morar junto não dá. Acho que precisamos de um tempo. Eu preciso de um tempo, para refletir em tudo que aconteceu neste ano em que vivemos juntos. Vou me embora daqui, a empresa que trabalho, vai me transferir para uma de suas filiais, e irei sozinho. Sinto se não fui a pessoa que você esperava, mas prometo que não vou desampará-la. Se você quiser voltar para sua cidade, aqui está o dinheiro.
- Não precisa se sentir culpado, e tampouco quero seu dinheiro. Se vim até aqui, foi porque quis, porque acreditei no amor, porque lutei por minha felicidade. E sei me virar, quanto a isso não se preocupe. Tenho a minha dignidade. - Quando ele saiu por aquela porta me atirei no chão e desabei no choro. O fim é sempre doloroso, por mais que eu soubesse que mais cedo ou mais tarde pudesse acontecer. Agora estava sozinha em uma mega cidade, sem nenhum parente, ninguém em que pudesse desabafar. As únicas amizades que tinha era das minhas colegas de trabalho, mas não a ponto de desabafar os meus problemas. Embora nunca fui uma pessoa de desabar os meus problemas, naquele momento difícil de minha vida senti uma necessidade quase orgânica disto. E pela primeira vez realmente me senti só... A partir daquele momento não tinha mais ninguém para contar, seria sozinha no mundo e arcaria com as consequências, mas não voltaria para a casa dos meus pais e tampouco deixaria eles saberem que estava com dificuldades, caso isto acontecesse. Naquele momento estava só conjecturando. Mas no fundo de minha alma sabia que dali pra frente teria que ser uma guerreira, pois a minha sobrevivência dependeria apenas de mim mesmo.
- Precisamos ter uma conversa séria e definitiva. - Cheguei estremecer, pois sabia que algo muito sério viria pela frente.
- Acho que foi um erro toda a nossa história. Acho que estou tentando ser quem eu não sou. E talvez você esteja tentando ser quem você não é. Nossos mundos são diferentes, embora não sei se é amor o que sinto por você, mas gosto muito de você. Acho que se continuarmos juntos acabaremos com o sentimento que seja lá o que for ainda existe entre nós. - Eu quase não tinha voz para falar quando ele se calou e chegou a minha vez:
- Eu amo você, ou seja lá o que for como você disse, mas é algo muito forte que sinto. Mas não sei se foi um erro, eu acreditei em um sentimento. Acreditei em um sentimento que não sei se é realmente amor, mas é algo tão forte que por ele mudei minha existência, mas em nenhum momento deixei de ser quem eu sou. E se nós não podemos mais conviver pacificamente, se não existe mais nenhum tipo de sentimento de sua parte que possa fazer com que superamos esta crise, acho que o fim realmente chegou... - Tinha segurado minhas lágrimas até ali, mas assim que pronunciei as últimas palavras não fui mas capaz de conter o rio que corria sobre a minha face. Ele se aproximou e me abraçou forte e disse:
- Sinto algo muito forte por você também, mas morar junto não dá. Acho que precisamos de um tempo. Eu preciso de um tempo, para refletir em tudo que aconteceu neste ano em que vivemos juntos. Vou me embora daqui, a empresa que trabalho, vai me transferir para uma de suas filiais, e irei sozinho. Sinto se não fui a pessoa que você esperava, mas prometo que não vou desampará-la. Se você quiser voltar para sua cidade, aqui está o dinheiro.
- Não precisa se sentir culpado, e tampouco quero seu dinheiro. Se vim até aqui, foi porque quis, porque acreditei no amor, porque lutei por minha felicidade. E sei me virar, quanto a isso não se preocupe. Tenho a minha dignidade. - Quando ele saiu por aquela porta me atirei no chão e desabei no choro. O fim é sempre doloroso, por mais que eu soubesse que mais cedo ou mais tarde pudesse acontecer. Agora estava sozinha em uma mega cidade, sem nenhum parente, ninguém em que pudesse desabafar. As únicas amizades que tinha era das minhas colegas de trabalho, mas não a ponto de desabafar os meus problemas. Embora nunca fui uma pessoa de desabar os meus problemas, naquele momento difícil de minha vida senti uma necessidade quase orgânica disto. E pela primeira vez realmente me senti só... A partir daquele momento não tinha mais ninguém para contar, seria sozinha no mundo e arcaria com as consequências, mas não voltaria para a casa dos meus pais e tampouco deixaria eles saberem que estava com dificuldades, caso isto acontecesse. Naquele momento estava só conjecturando. Mas no fundo de minha alma sabia que dali pra frente teria que ser uma guerreira, pois a minha sobrevivência dependeria apenas de mim mesmo.
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