Quem brinca com fogo acaba se queimando. E quando menos esperava tudo voltou novamente, comportamentos estranhos, medo em excesso, afastamento do trabalho para cuidar da saúde e demissão do meu mais recente emprego. Era a segunda vez que estava tendo um surto psicótico em minha vida. Pela segunda vez sentia aquele medo de tudo e de todos. O tratamento já conhecia, só mudara de médico. Agora a minha psiquiatra era uma mulher, que não tinha o mesmo carisma do primeiro médico que me atendera, mas era competente e deu sequência ao tratamento que me submetera antes. Os primeiros 20 dias foram os mais críticos. Dei muito trabalho a minha família com comportamentos nada convencionais através da minha mente perturbada. Sei que fiz eles sofrerem, principalmente a minha mãe que na terceira idade, e com a saúde frágil tinha que suportar tudo aquilo. Vez ou outra meu irmão perdia a paciência comigo, porque não é fácil lidar com uma pessoa em surto psicótico. Mas no geral eles eram muito pacientes comigo.
Segundo a minha médica cada vez que entrava em surto psicótico " queimava mais neurônios". Tomava os comprimidos pela manhã e a noite. Era um paciente em casa e minha mãe e meu irmão mais velho eram os meus enfermeiros. Como da primeira vez após um determinado periodo tomando a medicação, minha mente voltara a funcionar como a de uma pessoa "quase normal". A única difrença é que a minha normalidade era a base de remédios. Toda a minha família ficou muito decepcionada comigo, afinal já era a segunda vez que eu fraquejava por causa das drogas. Meu irmão me fez uma ameaça de que se me pegasse usando drogas a partir deste momento me daria uma surra. Mas no fundo sabia que ele só falava aquilo da boca pra fora. Era a sua tentativa desesperada de me ver longe de tudo isto. E tinha consciência de que se usasse qualquer substância usando a medicação que tomava seria pior.
Segundo a minha médica cada vez que entrava em surto psicótico " queimava mais neurônios". Tomava os comprimidos pela manhã e a noite. Era um paciente em casa e minha mãe e meu irmão mais velho eram os meus enfermeiros. Como da primeira vez após um determinado periodo tomando a medicação, minha mente voltara a funcionar como a de uma pessoa "quase normal". A única difrença é que a minha normalidade era a base de remédios. Toda a minha família ficou muito decepcionada comigo, afinal já era a segunda vez que eu fraquejava por causa das drogas. Meu irmão me fez uma ameaça de que se me pegasse usando drogas a partir deste momento me daria uma surra. Mas no fundo sabia que ele só falava aquilo da boca pra fora. Era a sua tentativa desesperada de me ver longe de tudo isto. E tinha consciência de que se usasse qualquer substância usando a medicação que tomava seria pior.
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