sexta-feira, 17 de junho de 2011

Diário de Um Viajante. Parte 1

O jovem Fouad nunca tinha saído do pequeno vilarejo onde morava com seus familiares. Ele ansiava por conhecer outros lugares, pois achava a pequena Guimbo pequena demais para seus sonhos. E tomara uma atitude corajosa, quando resolvera sair de sua humilde casa, para a sua primeira viagem fora daquele pequeno vilarejo onde passara toda a sua vida até então. Um lugar onde todos se conhecem e sabem das vidas uns dos outros. Embora fosse apenas uma viagem de férias, estava muito confiante, talvez esse fora seu primeiro erro. Visitaria duas grandes metrópoles antes de ir para a pequena cidade no País estrangeiro onde aguardava-o Faizah, a jovem que anos antes tivera a coragem de deixar Guimbo para trás, e seguir seu destino. Aquele País a recebera de braços abertos, e agora ela já pertencia aquele lugar, entretanto nunca esquecera as suas raízes e sentia muita saudade de sua terra natal, da família, dos amigos.
   Fouad iria visitar sua prima, que fazia quatro anos que deixara aquele vilarejo para trás, e que ainda não pudera retornar. A visita de Fouad alegraria seu coração, e a faria sentir-se um pouco mais perto de Guimbo novamente. Quando Fouad pôs os pés em Brisés a gigantesca metrópole que ficava 250 km ao norte de Guimbo seu coração se alegrou, e seu espírito maravilhou-se com tamanha magnitude. Seus olhos nunca tinham visto um lugar tão grande e tão cheio de pessoas tão diferentes quanto aquele. E escreveu em seu diário:
 " Caí em uma cidade encantadora e perigosa, boa e má, burguesa e plebéia. Ela pode ser o pai ou mãe que tanto admiramos, ou quem sabe os dois. Esta cidade encantodora e maravilhosa é Brisés, lugar em que estou neste momento. E pela primeira vez em minha vida, senti-me livre como um pássaro andando por esta metrópole tão fascinante... Sem identidade, sem conhecer ninguém. Apenas mais um no "infinito" de pessoas que passam por mim. Andando por tuas ruas e sentindo o cheiro do povo, o barulho das ruas, homens e mulheres em suas barracas vendendo os mais variados tipos de produtos, para correr atrás de um "papelzinho colorido", mas de grande valor. A pressa se torna fundamental, e o escudo e a máscara também. Não queremos que ninguém saiba nosso ponto fraco, afinal cada um se defende como pode. Agora estou me perguntando: defender-se de que? "Será que de nós mesmos". "Medo" esta palavra deu sinal de alerta em minha cabeça. Parei para pensar nela e descobri o meu segundo erro no dia de hoje. Comecei o dia sorrindo em minha casa quando acordei as 2 da manhã ( 2:00 a.m.) para viajar. Estava muito feliz, porque iria fazer a minha primeira viagem... E ainda mais a minha primeira viagem internacional. Sempre fui uma pessoa um pouco indecisa e ao mesmo tempo imprevista. Um sonhador com vontade de viajar pelo mundo, aprendendo e ensinando, pregando a paz e o amor entre as pessoas, independente de cor, raça, religião. fé individual. Gostaria de tentar diminuir um pouco o maldito preconceito que há em nossa sociedade. Assistindo há um filme dias atrás, ouvi uma frase muito semelhante ao que vou dizer. Na verdade há uma pequena variação ( contribuição minha) " O mundo não quer ser mudado, e quem tenta morre na ponta de uma cimitarra"

Um comentário:

  1. Pois é, o mundo não quer ser mudado, mas quando mudamos o nosso "mundinho" particular somos capazes de causar revoluções...

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