segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O Voo Da Gaivota

Posso ouvir a sua voz numa linda manhã
Quando o canário canta....
Meus dias parecem infinito, dentro do finito que foi você em minha vida
A gaivota solitária no firmamento nublado, a leve brisa que entra pela janela
Quem sou eu? Nesse turbilhão de memórias recentes, e tão profundas...
Ah! Doce menina... Você se foi... E eu aqui parado no tempo,
Sem saber o próximo passo, preso nas armadilhas da vida...

Tenho certeza de que o novo sempre vem
E que nunca será igual, a imagem congelada no tempo
Rosas negras decoram meu jardim
Duzentos dias não fizeram diferença,
A inocência nunca morre no coração dos que verdadeiramente amam.

Caminho sem sair de casa... Por pradarias distantes divago...
Ofereço-me a vida, para que ela me ofereça,
Vejo os moinhos da felicidade que passou, me abraço a tempestade e me deixo guiar por ela;
Quem sou eu nesta existência....? O balão cheio de ar....
O pulmão a respirar... Estradas que se cruzam no infinito...

A vida é um labirinto, mas o céu azul me distrai...
Retângulos de concreto, guardam segredos
Pássaros sobrevoam em minha janela,
Para onde vou? Senão mergulhar nas entranhas do meu coração.

Posso, quero, ouço... O quê? Meu Deus!
Um poema branco, um dia lírico.
Sois carne e ventre,
Alma e coração.
Sois o alimento que alimenta o poeta
A porta que se abre em dias cinzas, a minha doce e pequena ilusão.

Canto ao luto, aplauso ao tributo
Chove no reino da magia, lágrimas de sal banham o solo
As flores caem em meu colo,
Sinto a dor que julguei estar livre, e vejo que o livre não há.
Nos olhos que um dia tive a chance de cruzar
Saudade apenas, mais um elemento
A Ilusão que o homem criou
Com as bençãos de Deus e com a força da natureza.

Tenho certeza que o novo sempre vem, mas nunca será igual
A imagem congelada no tempo!




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