terça-feira, 1 de março de 2016

As Vezes É Preciso Morrer...

   As vezes é preciso morrer... Para continuar vivendo!
Digo mais... Sempre é preciso morrer para continuar a viver... A cada dia um pedacinho de mim se vai, uma célula morre, uma linha se desenha no rosto. E trás consigo a experiência, vivencias que ora tortuosas ora virtuosas, e que cada uma delas se transforma naquilo que buscamos diariamente: Autoconhecimento, domínio, equilíbrio.
   Lembranças trágicas, alegres, dias brancos, folhas de papel a preencher...Encaro o hoje de frente como nunca tinha encarado antes. Sinto que a cada dia tenho a obrigação de não me repetir, e caso isto aconteça que eu perceba o instante diferente que se tornou mágico diante de mim.
   Não esperar pode ser a chave do sucesso, como também a espera pode ser a maturação necessária. Nessa constante transformação que me permito, e que pretendo seguir assim até o dia do último suspiro me pergunto: Como seguir em constante "mutação" sem perder a minha essência?
   Cada vez que me permito descartar ideias que me foram passadas como absolutas ao longo de anos, conceitos que simplesmente acreditei sem questionar, e os substituo por outros que acredito e fazem todo sentido pra mim estou mudando sem perder a minha essência.
   A alegria de ontem transformou-se no veleiro sombrio e triste no mar da solidão...Assim como este mesmo veleiro transformou-se em um barquinho cheio de sonhos dourados navegando no riacho entre as montanhas onde o tudo é nada e o nada é tudo. Onde o sorriso se mistura com a força da natureza e o homem acredita que o propósito de sua vida é ser feliz e que nada nem ninguém pode tirar dele esta chance, a não ser ele mesmo.
   É preciso morrer para continuar vivendo! É preciso deixar morrer os preconceitos, as ideias ultraconservadoras, a intolerância, a falta de respeito ao próximo. Para que um novo ser possa nascer sem preconceitos, sem amarras, para poder trilhar o caminho evolutivo tão necessário a nossa existência.
   Não sei se estou no caminho certo, e é essa incerteza que faz com que o caminho se torne interessante. Até aqui para mim tem sido o 'certo', pois cada individuo trava a sua própria busca. Luta contra a sua guerra interior e aperfeiçoa o guerreiro sedento dentro do peito. Controla a ansiedade adquirida, sente adrenalina na iminência do perigo e age com sabedoria quando já entendeu o que precisa ser feito. E mesmo que não saiba assume o risco de suas escolhas.
  


  

       

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