Hoje antes de ir para o trabalho passei em frente a um casal que dorme todos as noites na rua embaixo da marquise no prédio em que moro. E logo mais a frente encontrei dois homens jovens que também dormem embaixo de marquise próximo a um supermercado e um renomado banco os vejo todos os dias, porque é o caminho que faço para ir ao trabalho. E todas as vezes que vejo estas pessoas confesso que me sinto mal. Não diria que sinto pena, pois acredito que ser digno de pena é das piores coisas que se possa sentir por um ser humano. Também nem tento entender as razões que levam um ser humano a fazer da rua sua morada. Pois acabaria entrando no complexo universo humano, e que muitas vezes nem sempre os fins justificam os meios. Cada um tem seus próprios motivos, e razões para viver como bem entende....? Mas me pergunto quem em sã consciência moraria numa rua? Se é que posso assim dizer, sem correr o risco de ser chamado de preconceituoso, coisa que abomino e a cada dia se existe algum resquício dentro de mim que eu perceba trato logo de tentar eliminar. Não sinto pena, mas me compadeço, todos os dias olho para eles e uma sensação um tanto incomoda me vem. Penso neles como seres humanos que estão ali expostos as intempéries da natureza, os observo sem que eles me notem. E assim como a maioria das pessoas passo por eles como se eles simplesmente fossem invisíveis. Mas eles estão lá? Ou será que não? Talvez seja apenas uma ilusão da minha cabeça. Já que eles não são nem números para o estado. Acho lamentável que um ser humano não tenha o minimo direito, ou a necessidade básica de um cidadão. Direito a moradia... Afinal o direito a moradia deveria como esta na constituição ser um dever do estado. A falta de moradia não é só um problema histórico,mas a falta de politicas públicas com esta finalidade que sempre foi substituída por uma politica de interesses individuais aumenta a cada dia o deficit de moradia no país.
O direito à moradia digna foi reconhecido e implantado como pressuposto para a dignidade da pessoa humana, desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, foi recepcionado e propagado na Constituição Federal de 1988, por advento da Emenda Constitucional nº 26/00, em seu artigo 6º, caput.
O direito à moradia digna foi reconhecido e implantado como pressuposto para a dignidade da pessoa humana, desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, foi recepcionado e propagado na Constituição Federal de 1988, por advento da Emenda Constitucional nº 26/00, em seu artigo 6º, caput.
“Art. 6º São
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.”
Talvez nem seja o momento para falar deste assunto neste blog não é mesmo? Temos coisas mais importantes a dizer como a Copa do Mundo que está vindo aí. Mas antes temos as festas de fim de ano, o carnaval que está logo aí. Não tenho a solução para este problema, e nem tampouco condeno festas. Aliás elas servem pra gente extravasar, naquele momento esquecemos de todos os problemas. Poderia existir festas sempre né. Assim todos os meus problemas seriam "esquecidos" ou empurrados para embaixo do tapete. Sim eu os enxergo todos os dias quando vou ao trabalho e me compadeço embora não possa fazer muita coisa. Faço aquilo que aprendi a fazer desde criança. Faço uma oração e peço a Deus que cuide destas pobres almas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário