Não sabia por onde começar, não tinha conhecimento do seu nome e muito menos onde ela trabalhava. Cada vez que a via tão perto de sí, mas tão longe do seu coração, quão grande era a sua dor e o seu sofrimento. Respirar o mesmo ar que ela, senti-la tão perto e não poder toca-la, não poder dar a ela todo o seu amor.
Ao vê-la sentia uma imensa vontade de conversar com ela, de puxar algum assunto. Mas a língua travava e não saía nada, as pernas começavam a tremer e sentia arrepiar todos os fios de cabelo do seu corpo. Eros a encarava, contemplava a sua beleza a distância. Sempre atento ao olhar dela, que quando vinha em sua direção olhava para baixo ou para os lados.
Estava sempre pensando em uma maneira de aproximar-se daquela mulher que brotara tamanho sentimento em seu peito. Um dia estavam a esperar o ônibus. Eros como sempre iria para o seu trabalho. A sua amada vinha de um dia cansativo e retornaria para sua casa. A moça foi a primeira a entrar no ônibus, retirou a carteira da mochila e antes de abrir foi interrompida por Eros que vinha logo atrás:
- Quer um vale transporte? Tenho bastante. - Ela não ouviu e Eros perguntou novamente:
- Quer um vale transporte? Tenho bastante.
- Sim, aceito. - Respondeu meio pensativa. - Entregou dois vales transporte ao cobrador. Ela virou-se de frente para Eros e agradeceu:
- Muito obrigada.
- De nada, tudo bem. - Uma rápida conversa de agradecimentos. Ela foi sentar na frente e Eros sentou umas três poltronas atrás da moça, com o olhar fixo sobre ela.
" Deveria sentar ao lado dela, mas o fato de ter lhe dado um vale transporte não me dá essse direito. Mas até que ponto se tem direito? Até que ponto deve-se ir quando se ama alguém? ".
Eros não conseguia pensar com razão naquele momento. Só conseguisa pensar com o coração e o coração sempre defende o amor. Ele incentiva a busca do amor porque está só, e quer sair da solidão que o queima, que o destrói e quer se ver livre desse fogo destruidor que ameaça a sua sobrevivência. Desceu para ir trabalhar imerso em seus pensamentos:
" Mas como vencer a timidez que habita em meu coração, como vencer o medo da desilusão. O meu coração está angustiado, sofre porque não tenho coragem. Sofre imaginando como reagiria, caso não conseguisse conquistar esse amor. No íntimo de minha alma ouço uma resposta: Como posso ter medo de algo que ainda não tentei. O ser humano teme a derrota porque ainda não despertou o lutador que está dentro de sí. A derrota faz parte da vida de todo ser humano e temos que aceita-la, aprender a conviver com ela. Ao aceitar a derrota nos tornamos mais fortes, bravos para enfrentar a vida. A derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã. Assim pensam os que sabem buscar os seus ideais, mesmo que tenham que dar suas vidas, jamais desistem dos seus sonhos".
Alguns dias se passaram, Eros precisava acabar logo com esta situação que lhe tirava o sono. Já não aguentava mais viver este impasse, ou tentava conquista-la, ou tentava esquece-la de vez. Cada vez que pensava na possibilidade de perde-la. De ouvir da sua boca que este amor não era possível, que ela não iria lhe retribuir o mesmo amor, entrava em pânico. Era tudo que ele não queria ouvir dela, mas que podia acontecer a qualquer momento. Precisava criar coragem e dizer-lhe que o seu coração estava cheio de amor e precisava dela para dividir todo o amor que dominava o seu peito.
" Como será a melhor maneira de dizer a ela toda a verdade. Tem que ser de uma forma sutil, no momento certo e no local adequado. Um ambiente muito agradável para se conversar a dois. Espero no dia do grande encontro não demonstrar nenhuma insegurança e timidez. Ah já sei o que vou fazer para me aproximar dela. Primeiro tenho que descobrir onde ela trabalha e o seu nome para por o plano em prática que é simplesmente ser o seu admirador secreto " .
Pegou o telefone e começou a ligar para todos os hotéis que se localizavam na avenida principal. Sua intuição lhe dizia que ela só poderia trabalhar na avenida principal, tinha quase certeza. afinal era ali que se concentrava os principais grandes hotéis.
Cada hotel que ligava descrevia a moça, revelava o detalhe da tatuagem e o que lhe diziam era: " Não, ela não trabalha aqui ". " Não trabalha ninguém aqui com esta descrição ". já tinha telefonado para quase todos os hotéis, faltava apenas uma opção. Ligou para o último hotel que faltava e a linha estava ocupada. Após cinco minutos tentou novamente e estava ocupado, tentou mais algumas vezes e continuava ocupado.
" Deve ser este o hotel que ela trabalha, a dificuldade que estou tendo para conseguir essa ligação me diz isso ". Enfim o telefone é atendido e uma voz feminina responde:
- Hotel Roial Valle, boa tarde.
- Boa tarde. - Respondeu com certo nervosismo, pensou que fosse a amada. - Quem está falando?
- Gabriela.
- Gabriela por acaso aí nesse hotel não trabalha uma moça que mora no centro, e tem um dragão tatuado nas costas próximo ao ombro direito?
- Como é o nome dela?
- Não sei eu a conheci esses dias, nem me lembro o seu nome. Por favor é muito importante pra mim.
- Está bem ela trabalha aqui sim. O nome dela é Beatriz.
- E ela está?
- Não ela começa hoje as 15 :00 horas. Ligue mais tarde.
- Tudo bem. Muito obrigado, você não sabe o quanto me ajudou.
- Espere um momento não desligue. Qual o seu nome para que eu possa avisar a ela?
Pensou rapidamente que não poderia dar o seu nome verdadeiro, já que o seu plano era o de ser admirador secreto, então falou:
- Meu nome é Carlos.
- Tchau Carlos.
- Tchau, até mais tarde.
Ao vê-la sentia uma imensa vontade de conversar com ela, de puxar algum assunto. Mas a língua travava e não saía nada, as pernas começavam a tremer e sentia arrepiar todos os fios de cabelo do seu corpo. Eros a encarava, contemplava a sua beleza a distância. Sempre atento ao olhar dela, que quando vinha em sua direção olhava para baixo ou para os lados.
Estava sempre pensando em uma maneira de aproximar-se daquela mulher que brotara tamanho sentimento em seu peito. Um dia estavam a esperar o ônibus. Eros como sempre iria para o seu trabalho. A sua amada vinha de um dia cansativo e retornaria para sua casa. A moça foi a primeira a entrar no ônibus, retirou a carteira da mochila e antes de abrir foi interrompida por Eros que vinha logo atrás:
- Quer um vale transporte? Tenho bastante. - Ela não ouviu e Eros perguntou novamente:
- Quer um vale transporte? Tenho bastante.
- Sim, aceito. - Respondeu meio pensativa. - Entregou dois vales transporte ao cobrador. Ela virou-se de frente para Eros e agradeceu:
- Muito obrigada.
- De nada, tudo bem. - Uma rápida conversa de agradecimentos. Ela foi sentar na frente e Eros sentou umas três poltronas atrás da moça, com o olhar fixo sobre ela.
" Deveria sentar ao lado dela, mas o fato de ter lhe dado um vale transporte não me dá essse direito. Mas até que ponto se tem direito? Até que ponto deve-se ir quando se ama alguém? ".
Eros não conseguia pensar com razão naquele momento. Só conseguisa pensar com o coração e o coração sempre defende o amor. Ele incentiva a busca do amor porque está só, e quer sair da solidão que o queima, que o destrói e quer se ver livre desse fogo destruidor que ameaça a sua sobrevivência. Desceu para ir trabalhar imerso em seus pensamentos:
" Mas como vencer a timidez que habita em meu coração, como vencer o medo da desilusão. O meu coração está angustiado, sofre porque não tenho coragem. Sofre imaginando como reagiria, caso não conseguisse conquistar esse amor. No íntimo de minha alma ouço uma resposta: Como posso ter medo de algo que ainda não tentei. O ser humano teme a derrota porque ainda não despertou o lutador que está dentro de sí. A derrota faz parte da vida de todo ser humano e temos que aceita-la, aprender a conviver com ela. Ao aceitar a derrota nos tornamos mais fortes, bravos para enfrentar a vida. A derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã. Assim pensam os que sabem buscar os seus ideais, mesmo que tenham que dar suas vidas, jamais desistem dos seus sonhos".
Alguns dias se passaram, Eros precisava acabar logo com esta situação que lhe tirava o sono. Já não aguentava mais viver este impasse, ou tentava conquista-la, ou tentava esquece-la de vez. Cada vez que pensava na possibilidade de perde-la. De ouvir da sua boca que este amor não era possível, que ela não iria lhe retribuir o mesmo amor, entrava em pânico. Era tudo que ele não queria ouvir dela, mas que podia acontecer a qualquer momento. Precisava criar coragem e dizer-lhe que o seu coração estava cheio de amor e precisava dela para dividir todo o amor que dominava o seu peito.
" Como será a melhor maneira de dizer a ela toda a verdade. Tem que ser de uma forma sutil, no momento certo e no local adequado. Um ambiente muito agradável para se conversar a dois. Espero no dia do grande encontro não demonstrar nenhuma insegurança e timidez. Ah já sei o que vou fazer para me aproximar dela. Primeiro tenho que descobrir onde ela trabalha e o seu nome para por o plano em prática que é simplesmente ser o seu admirador secreto " .
Pegou o telefone e começou a ligar para todos os hotéis que se localizavam na avenida principal. Sua intuição lhe dizia que ela só poderia trabalhar na avenida principal, tinha quase certeza. afinal era ali que se concentrava os principais grandes hotéis.
Cada hotel que ligava descrevia a moça, revelava o detalhe da tatuagem e o que lhe diziam era: " Não, ela não trabalha aqui ". " Não trabalha ninguém aqui com esta descrição ". já tinha telefonado para quase todos os hotéis, faltava apenas uma opção. Ligou para o último hotel que faltava e a linha estava ocupada. Após cinco minutos tentou novamente e estava ocupado, tentou mais algumas vezes e continuava ocupado.
" Deve ser este o hotel que ela trabalha, a dificuldade que estou tendo para conseguir essa ligação me diz isso ". Enfim o telefone é atendido e uma voz feminina responde:
- Hotel Roial Valle, boa tarde.
- Boa tarde. - Respondeu com certo nervosismo, pensou que fosse a amada. - Quem está falando?
- Gabriela.
- Gabriela por acaso aí nesse hotel não trabalha uma moça que mora no centro, e tem um dragão tatuado nas costas próximo ao ombro direito?
- Como é o nome dela?
- Não sei eu a conheci esses dias, nem me lembro o seu nome. Por favor é muito importante pra mim.
- Está bem ela trabalha aqui sim. O nome dela é Beatriz.
- E ela está?
- Não ela começa hoje as 15 :00 horas. Ligue mais tarde.
- Tudo bem. Muito obrigado, você não sabe o quanto me ajudou.
- Espere um momento não desligue. Qual o seu nome para que eu possa avisar a ela?
Pensou rapidamente que não poderia dar o seu nome verdadeiro, já que o seu plano era o de ser admirador secreto, então falou:
- Meu nome é Carlos.
- Tchau Carlos.
- Tchau, até mais tarde.
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