Depois de conversar com o segurança muçulmano, e com o meu baluarte me senti em casa novamente. Desci até o embarque retirei as moedas do bolso, tomei um café às 03:00 h ( 3 a.m.) e comi um pão de queijo. Conversei com uma morena muito gentil, educada, simpática, falei novamente a minha história para ela. Em seguida subi e conversei com um segurança negro, forte. Rimos e falamos sobre as banalidades da vida. Por fim às 8:00 h (8 a.m.) falei com uma moça muito simpática do setor de informações.
Pouco tempo depois meu amigo que aguardava apareceu de surpresa às minhas costas e me deu um susto. Ele gastou um dinheiro que não podia e foi me buscar. Nessas horas vemos quem são nossos verdadeiros amigos. Agora estou escrevendo em meu diário, e vejo que estava fazendo uma tempestade em copo d`agua. Estava vivo, com saúde, e dois dias após eu faria ( farei) minha tão sonhada viagem se Deus permitir é claro.
A grande lição que aprendi desta experiência, e que temos que estar preparado para as situações imprevistas, e o que é mais importante, tentar manter a calma sempre. Porque por experiência própria vi que o medo é o nosso pior inimigo.
Agora são 13:55 h ( 1 p.m.) um dia após o que seria o meu embarque. Estou no apartamento do meu amigo, vivo, com saúde e contente pela experiência vivida. Antes de sair do pequeno vilarejo onde moro, falei com um amigo, que me considerava uma pessoa sensível demais, pois choro por tudo. Choro de alegria, choro de tristeza... E ele me disse: " O ser humano é o animal mais indefeso que existe. Todos nós somos sensíveis. Uns choram, outros não. Uns matam, outros não, mas no fundo somos todos sensíveis".
Para finalizar digo que jamais imaginei que aos vinte e cinco anos choraria feito uma criança, que acabaram de lhe tirar os doces da mão e contaria minha vida a desconhecidos no desespero e na tranquilidade.
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