quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Madrugadas


 Lembro-me do seu sorriso encantador que transmitia uma energia tão boa... Do seu olhar cheio de vida, da sua alegria de viver... Da criança que um dia foi... Do primeiro dia que veio ao mundo... Da alegria que senti quando você saiu de dentro de mim. De ter experimentado o amor em sua plenitude, pois ser mãe é estar em contato com o sagrado, sentir-se invadida de amor, conectar-se com Deus. A amei desde o dia em que foi concebida, até o momento que fechou os olhos. E seguirei te amando até o fim dos meus dias.

   A dor que sinto é indescritível, as madrugadas silenciosas são suspiros de uma mãe em agonia. Sei que não devo questionar os desígnios de Deus. Mas não me conformo. Porque a minha menina...? Tão jovem e tão cheia de vida... Não encontro respostas que possam confortar meu coração, só encontro lembranças, momentos, passos na areia na imensidão deste horizonte... E as lembranças são como chicotadas em meu coração... Elas me alegram pois me fazem lembrar de cada precioso momento que vivi ao seu lado. E ao mesmo tempo me torturam pois jamais imaginei que não poderia esperar por você aparecendo em casa. Esses anos de existência foram tão rápidos. A inocência perdida nunca mais voltará, e nem a possibilidade de revê-la neste plano. Mas em meu coração você vive. Que você cumpra a missão para qual foi chamada ao lado de Deus. Lembrarei sempre de você com muito amor minha menina. Te amo! 


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