Permissão Para A Esperança

   O mais otimista dos seres num determinado dia perdeu sua fé. Permitiu que o desânimo minasse a muralha de otimismo que cercava seu coração. O guerreiro desabou, sucumbiu por alguns minutos, estes que representam toda uma existência. Naquele momento crucial, perdeu o entusiasmo pela vida. Viver já não valia mais a pena e ele tinha desistido de lutar pela vida. Restou apenas a blasfêmia contra tudo e todos! A sensação de que tudo para ele dava errado. A insatisfação era o antídoto, o tédio e o vazio o alimento que a sua alma ingeria e quebrantava sua paz interior. Mas o bravo guerreiro sabia que precisava agir rápido, ou sucumbiria vítima da pior doença que alguém possa sofrer: A perca da fé.
   Ultimamente por mais que fosse um ser otimista, alguém que nunca perdera a fé na vida, andava sempre insatisfeito, mal humorado, sem ânimo. Existia uma lacuna que precisava ser preenchida com algo que ele não sabia o que é.
   Recebeu um telefonema que o deixara bastante entusiasmado, reacendeu suas esperanças, afinal o tão sonhado emprego tinha aparecido, agora era apenas uma questão de tempo... Tempo que não controlamos, entretanto insistimos acreditar que o controlamos, nos enganamos fingindo sermos senhores do tempo.
   Percebeu que ao permitir que uma pequena faísca de esperança penetrasse em seu coração, sua alma sorriu e Deus se fez presente em forma de esperança. Fez uma prece e compreendeu que por mais que passe por algumas dificuldades, que muitas vezes o desânimo parece maior que a fé, é um erro bloquear a entrada da esperança. Pois a lacuna que falta ser preenchida, só pode ser preenchida por Deus, senhor da esperança, fonte de vida. Só precisou permitir que Deus se manifestasse em forma de esperança.